seriado-expresso-do-amanha-46.jpg Crédito: TNT/Divulgação

Expresso do amanhã chega à Netflix com trama que aborda luta entre classes

Publicado em Séries

Licenciada pela Netflix, Expresso do amanhã é versão seriada de filme de Bong Joon-ho lançado em 2013

Estreou na segunda-feira (25/5) na Netflix a série Expresso do amanhã (Snowpiercer, no título original em inglês). A chegada da trama à plataforma foi com dois episódios. Depois, semanalmente, o serviço incluirá, às segundas, novos capítulos seguindo a ordem de exibição da TNT dos Estados Unidos. Estão previstos 10 episódios na primeira temporada. A segunda temporada já está garantida e prevista para 2021.

Expresso do amanhã se inspira no filme homônimo do sul-coreano Bong Joon-ho, vencedor do Oscar por Parasita neste ano, que tem como ponto de partida a graphic novel francesa O Perfuraneve, de Jacques Lob e Jean-Marc Rochette, e teve Chris Evans como protagonista. Na série, o cineasta está entre os produtores e também roteiristas.

A trama se passa em uma Terra devastada pelas guerras e impactos do homem. Em uma tentativa de recuperar a temperatura do planeta, a própria humanidade transforma o mundo num espaço completamente congelado. A história está ambientada sete anos após o fato, quando alguns poucos humanos sobrevivem no trem de 1.001 vagões criado por Sr. Wilford, que roda o mundo constantemente sem parar, sendo a única forma de sobrevivência.

Dentro do trem está representada uma divisão clara de classes, ainda mais exposta nessa Terra distópica. Os mais ricos estão nos primeiros espaços do trem, onde vivem com luxo e abundância. Mais ao centro está a classe composta por pessoas que trabalham dentro do transporte. Ao fundo, na cauda, estão os pobres, aqueles que adentraram no vagão com muita luta e sobrevivem com migalhas.

A principal mensagem de Expresso do amanhã está nessa dicotomia. A série vai explorar a luta de classes. Mas, para isso, há uma narrativa que colocará um dos integrantes da cauda dentro dos melhores espaços do trem, para assim, tentar dar início a uma revolução que, do fundo, não obtinha sucesso.

Crédito: TNT/Divulgação

Esse personagem é Layton (Daveed Diggs), um detetive policial que é chamado para investigar o segundo caso de homicídio dentro do trem. A situação é semelhante ao primeiro crime: com um corpo encontrado cortado em vários partes. O problema é que o suspeito do primeiro caso está preso na gaveta, mecanismo que deixa a pessoa congelada. Pela semelhança dos fatos há apenas duas frentes: ou há um copiador, ou o primeiro suspeito era inocente. Caberá a Layton resolver o fato.

O maior interesse na resolução rápida do caso é de manter a ordem e o equilíbrio dentro do trem, o que Sr. Wilford acredita ser essencial para a sobrevivência daqueles que estão ali há mais de seis anos. As ordens do milionário aparecem sempre pela voz de Melanie Cavill (Jennifer Connelly), braço direito dele. Ela fica responsável por convencer Layton e também comandar o trem em geral.

Expresso do amanhã traz debates interessantes em meio a uma trama instigante. Vale acompanhar!