A atriz Evelyn Castro apareceu pela primeira vez na televisão durante a quarta temporada do reality show musical Fama. Foi como cantora que ela se lançou artisticamente para o Brasil. Anos depois, passou a ser conhecida por integrar o elenco do canal Porta dos Fundos a convite de Fabio Porchat, que a assistiu no longa-metragem Apaixonados — O filme.
Hoje, ela consegue unir as duas carreiras, fazendo filmes, peças, séries, musicais e shows. Recentemente, a artista se destacou ao interpretar a personagem Marraia, no humorístico Tô de graça, do Multishow, ao lado de Rodrigo Sant’anna. Ela também esteve na segunda temporada do seriado de Um contra todos, que chega à terceira em 23 de abril, às 22h30, no Fox Premium. Na produção, ela viveu a personagem Tuta.
Neste ano, o público poderá conferir o trabalho de Evelyn Castro também nos cinemas no longa-metragem Chacrinha Velho Guerreiro, em que dá vida à mãe de santo Cacilda de Assis. Em entrevista ao Próximo Capítulo, a artista falou sobre a carreira, relembrou o início e contou sobre projetos futuros. Confira!
Você se tornou conhecida ao participar do reality show Fama. Qual foi a influência do programa na sua vida? Você ainda canta?
Em tudo. Foi meu ponto se partida para saber o queria da vida. Viver da arte. Canto, claro, é como respirar. Faço shows e musicais.
Como as artes cênicas entraram na sua vida? Em que momento decidiu seguir também esse lado artístico?
Na infância, estudei no colégio do Santos Anjos e lá tinha aula de teatro como matéria. Ali me apaixonei e fiz outros cursos. O momento em que resolvi retomar foi quando entrei no teatro musical e vi que podia unir as duas coisas que mais amava, cantar e atuar.
Como surgiu a oportunidade de integrar o Porta dos Fundos? E como é fazer parte de um canal de sucesso na internet?
O Fabio Porchat e a Nataly (hoje sua esposa), assistiram ao trailer de um filme em que eu estava como um dos casais protagonistas (Apaixonados — O filme), me ligaram e convidaram para participar de um vídeo com a possibilidade de integrar o grupo. Fui fazendo alguns videos e depois de alguns meses rolou. Isso é uma vitória na minha carreira, muito grande, eu era (eu sou), muito fã do trabalho deles não só como atores, mas também como roteiristas um humor inteligente. Aprendo todos os dias e sou muito feliz lá.
Quais são os desafios de se fazer humor na internet? É diferente, por exemplo, da tevê, do cinema e do teatro?
Na internet é diferente pois existe um pouco mais de liberdade em roteiros, poder fazer um humor inteligente que levanta questões importantes é muito bom, sem forçar barra. Cinema e tevê já existe uma limitação. Teatro é outra linguagem. No teatro é tudo maior, mais exagerado. O maior desafio é, de fato, acreditar no que está sendo dito (independente de cada vídeo), sem ser caricata. Sem forçar a piada, o humor jogado fora, onde a situação se torna a protagonista.
Você faz parte do elenco das séries Tô de graça, do Multishow, e Um contra todos, da Fox. Como foram essas experiências? Como montou essas personagens?
São personagens completamente diferentes. No Um contra todos era a Tuta, mulher de político, por mais que ela tivesse humor, existia nesta história uma melancolia pela farsa de vida e toda podridão em que ela vivia e percebia ao seu redor. Então tinha uma pitada nela de sarcasmo e melancolia. Me coloquei no lugar dela e trouxe para Tuta uma mulher que vivia no mundo paralelo dela, mas quando vinha a realidade à tona se percebia uma tristeza ali naquela mulher que também era mãe. Já no Tô de graça, onde é um humor que beira o teatro, porém é para televisão. A Marraia se torna engraçada pelo jeito dela, por ela ser um moleque, costurando as situações mais absurdas com aquela família, e ser quem ela é em cada situação. Não quis fazer algo caricato, quis fazer uma lésbica mesmo que quer ser transgênero, que tenha humor e não que ela fosse um estereótipo. E vejo o retorno disso em muitas meninas (os) (Marraias), vindo me agradecer, e por mais que não seja como a Marraia eu tenho uma molecagem dentro de mim. Fui a primeira neta e fui criada em um meio com um bando de homem, era avô, tios, pai que contribuíram bastante. (risos)
O Brasil vive um ótimo momento para as séries na tevê fechada. Como avalia esse momento?
Avalio como um ótimo momento de oportunidades, principalmente para se fazer algo diferente, algum personagem mais sério, quem sabe… Gosto muito de séries e quero muito continuar fazendo. Acho os roteiros incríveis. Que venham mais e mais.
Você também é bastante conhecida por atuar em musicais. Como você vê esse mercado no Brasil?
Acredito que é um mercado que ainda está crescendo, apesar de já termos atingido um outro público, com a crise tivemos uma baixa no RJ. Precisamos de empresas que invistam na cultura. Mas na guerrilha continuamos. É um mercado que ainda tem tudo para crescer. O público já está mais aberto a linguagem e isso é maravilhoso. Precisamos mais de arte!
Você tem vontade de voltar a atuar em novelas?
Tenho muita vontade de fato em atuar sim em uma novela, na realidade só fiz participações, quem sabe um dia integrar um elenco.
Você estará em alguns filmes que devem ser lançados em breve. O que pode contar sobre esses projetos?
Sim. Estarei no filme do Chacrinha Velho Guerreiro e mais alguns para sair este ano. Vamos ver. No Chacrinha, fiz a mãe de santo Cacilda de Assis, muito respeitada naquela época. Ele a levou como algo inédito na tevê para uma sessão espirita. Isso ocasionou sua saída da rede Globo.
Quais são seus projetos atuais e futuros?
Projetos atuais, são a segunda temporada de Tô de graça no Multishow (fomos um sucesso na anterior), os filmes, as peças Tô de graça e Monólogos da faxina. Tenho vontade de voltar com meu show solo. E alguns projetos surpresas ainda. Torçam por mim!
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