A série Supernatural entrou em seleto hall de produções que vingaram no competitivo mundo da televisão com louvor. Ter uma gama de fãs tão fiéis, quanto o da série fantástica, é coisa difícil de se conseguir após 14 temporadas no ar. O primeiro episódio da 15ª temporada, que encerra a saga, estrou no Brasil na última terça-feira (22/10). O Próximo Capítulo assistiu e te conta o que achou da estreia!
Sob o título de Back and to the future (“De volta e para o futuro”, em tradução livre), este “primeiro episódio do fim”, começou exatamente onde a 14ª temporada havia deixado os fãs: com Deus libertando os demônios do inferno para a Terra e deixando os irmãos Dean e Sam Winchester (Jensen Ackles e Jared Padalecki, respectivamente) e o anjo Castiel (Misha Collins) com um “problemão”. Esse grande “problemão” é transformado com extrema rapidez e alta superficialidade. Assim, o enredo do final da temporada passada reduzido a um plot simples, o que é uma falha da estreia.
Para começar, Jack (Alexander Calvert) — que, por curiosidade, tem quase 30 anos, mas interpreta um adolescente — não “morreu”. Como que, do nada, o personagem está de volta. Agora um pouco mais cômico, mas essencialmente o mesmo Jack de sempre. Não há tempo para sequer absorver a volta do personagem. É como se ele nem tivesse morrido, como um sonho.
O roteiro selecionou quatro fantasmas/demônios — entre os que foram libertados do inferno — para compor os grandes vilões do episódio. Alguns deles já foram vistos ao longo da série, mas em Back and to the future, os monstros chegam a ser engraçados e toscos, em cenas que não passam nenhum pouco de emoção, quem dirá medo — vide a parte que o monstro do “laguinho” fica segurando a perna da mulher.
Óbvio que ninguém esperava uma catarse entre as forças do bem e do mal, mas Back and to the future não acrescenta muito para a história. A produção merece mais, como o foco na relação turbulenta mais cheia de parceria dos irmãos, os inputs cômicos de Castiel, a dura contracepção entre a vida de caçadores de Dean e Sam e o mundo “normal”, as cenas de ação e, por mais que já exaustivamente abordada, os embates da dupla com os céus e infernos das boas temporadas iniciais. E por fim, mas não menos importante: uma conclusão que não seja tão preguiçosa quanto “e eles caçaram felizes para sempre”.
O cansaço é grande, mas Supernatural pode melhorar. Ainda tem tempo.
Os novos episódios estão sendo exibidos às terças-feiras, às 21h40, na Warner Channel.
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