Em entrevista ao Próximo Capítulo, o ator Pablo Morais falou sobre a experiência na novela. Confira!
“Foi uma grande oportunidade”. É assim que o ator Pablo Morais, o Tomé de Segundo sol, avalia a transição do personagem em dois diferentes núcleos da novela: o de Gorete (Thalita Carauta) e Clovinho (Luis Lobianco), mais cômico, e o de Laureta (Adriana Esteves) e o bordel, com uma carga um pouco mais dramática. “Estar fazendo uma comédia é uma grande oportunidade pra mim. Era uma vertente da dramaturgia que eu nunca tinha trabalhado numa novela”, conta.
Ao transitar entre duas áreas do folhetim, Morais teve a oportunidade de atuar ao lado de grande estrelas como José de Abreu, Arlette Sales e Adriana Esteves. “A mudança de núcleo foi muito legal, passar do lado cômico para uma trama mais pesada, estar expandindo… Estou trabalhando com os meus ídolos, então é muito legal”, define o ator.
Tomé está entre os personagens de Pablo Morais que mais teve repercussão. “Ele é um personagem divertido e que prioriza o lado da alegria. A repercussão tem sido muito feliz”, conta. Sobre o futuro de Tomé, ele evita entrar em detalhes, mas declara: “ele vai com Laureta até o final”.
Entrevista // Pablo Morais
Como veio a oportunidade de entrar no elenco de Segundo sol e como se preparou para viver o Tomé?
Na verdade foi um convite. Eu tinha acabado de fazer Malhação. Quando eu entrei no elenco, eles já estavam em preparação. Eu trabalhei o sotaque vendo grande ídolos da Cidade Baixa, uma coisa bem da Bahia.
Além de ser ator, você tem uma banda de trap, Cigano’s. Como tem sido conciliar tudo isso?
Eu realmente estou fazendo milagre. (risos) Até fiquei meio doente, estou me recuperando. Tem sido duro, porque são horas de gravação tanto na novela, quanto nos clipes. Mas sempre tem que estar bem, de alimentação, de mente, de energia. Realmente o trabalho tem que estar no fluxo. A novela tem sido até muito leve. Com meu coletivo fizemos três músicas e a galera já tá abraçando. Fizemos alguns feats e temos tido um retorno legal. Está dando muito certo. A gente vai conseguindo conciliar, produzindo, soltando e gravando feats, tudo de forma muito natural.
Como veio o seu interesse pelas vertentes artísticas?
Fiz circo, tecido acrobático. Tenho foto de 1999 cantando rap no bairro que eu morava em Goiânia no subúrbio. Eu gostava e ouvia música o dia inteiro. Então foi tudo muito simbólico. Mas o lado de atuação foi uma descoberta quando passei pelo Nós do Morro, no Rio de Janeiro. Tive essa conexão com o teatro. Meu primeiro trabalho na Globo foi Subúrbio quando eu tinha 18 anos e não sai mais. Foi meio que tudo meio natural. Também sempre gostei de desenho, de histórias, então o rap muito natural. Hoje são 11 anos de Rio, 8 de ator, 10 de música e 11 de modelo, graças a Deus.
Após a novela, qual são seus planos? Pensa em descansar?
Descansar, só quando eu morrer. (risos). Tem filmes que eu fiz, um vai estrear no Festival do Rio, mas é uma surpresa. Também tem o lançamento do EP Lírica latina e alguns feats e clipes. Quero fazer parcerias com artistas contemporâneos, como Seu Jorge.