Estagnação e comodismo são uma palavras que não parecem combinar com Jessika Alves, atriz que interpreta Helena na novela Tempo de amar (Leia crítica da primeira semana da novela). A trama das 18h da Globo é a sexta novela da atriz que já passou pela Globo e pela Record, onde fez Os dez mandamentos e os primeiros capítulos de Terra prometida. Isso sem falar em Preamar (2012), produção da HBO que representa uma guinada na carreira da menina, que passou a ser vista como mulher pelos diretores.
“Em uma série como Preamar, você tem o perfil e toda a trajetória do seu personagem traçada. Isso te dá uma base mais fixa na hora de compor”, explica a atriz.
A ligação de Jessika com a arte vem desde a adolescência, quando ela fazia teatro. Aos 17 anos, entrou para o elenco de Malhação como Norma Jean e não parou mais.
Mais do que atriz, Jessika foi apresentadora do TV Globinho, experiência que não descarta repetir. “Não está nos meus planos, mas gosto de diversificar e não me limitar”, afirma.
Presença fácil nas redes sociais, onde se expõe sem medo, Jessika é daquelas que sabem que quem está na chuva é para se molhar. “A exposição tem a importância que você dá a ela. Não deixo de viver minha vida por isso. Mesmo assim, existem alguns lugares que sei que são mais expostos e quando não quero isso, apenas escolho a opção B”. Parece que a palavra para definir Jessika é mesmo “decidida”.
Fale um pouco de Helena, sua personagem em Tempo de amar… como está sendo atuar nessa novela?
Helena é uma menina muito digna, teve uma infância dura e fugiu de Portugal para tentar uma vida melhor no Brasil. Chegando ao Rio de Janeiro, ela ainda encontra dificuldades que não esperava, é enganada e toma a difícil decisão de se separar das irmãs. O que mais me encanta em Helena é que, mesmo com tudo isso, ela continua doce e preocupada com o próximo.
Participar de uma trama de época requer uma caracterização especial. Fale um pouco sobre o que fez para se preparar para a Helena. Você curte esse tipo de preparação?
Com certeza requer uma caracterização diferente, que faz parte da composição. Toda a caracterização ajuda a definir a personalidade do personagem. Como a novela se passa em uma época que não vivi, procurei estudar sobre o que acontecia em 1927. Tanto economicamente, quanto na sociedade e na cultura. Busquei filmes, pesquisei grandes nomes que surgiam nesse período como Gilka Machado, Pagu, Julia Lopes de Almeida, entre outras.
Você esteve em duas produções da Record, Os dez mandamentos e Terra prometida. Notou alguma diferença entre estar na Globo e lá? Se sim, quais?
Cada empresa tem suas características. Não vejo o porquê de comparar dessa forma. Aprendi e continuo aprendendo em cada novo trabalho que faço. Independentemente do lugar, eu quero fazer o que amo.
A série Preamar é uma marca em sua carreira. É muito diferente atuar em produções da TV aberta e fechada?
Tive apenas uma experiência em TV fechada e fui muito feliz. Trabalhei com diretores maravilhosos, uma galera do cinema incrível e foi um dos projetos que mais gostei de fazer parte. A novela na TV aberta é uma obra viva, você joga com seu personagem junto com os outros e com o público e ele pode mudar a qualquer momento dependendo do rumo que a história tomar. Já em uma série como Preamar, você tem o perfil e toda a trajetória do seu personagem traçada. Isso te dá uma base mais fixa na hora de compor. Ambos são deliciosos de fazer.
Ainda na adolescência você apresentou o TV Globinho? Gostou da experiência de ser apresentadora? Pretende fazer isso mais vezes?
Sim. Eu adorei apresentar a TV Globinho e trabalhar com o público infantil. Eu adoro criança. Faria sim, se surgisse algo. Não está nos meus planos, mas gosto de diversificar e não me limitar.
Você foi uma das participantes do SuperChef, quadro de gastronomia do Mais você. Continua cozinhando? O que você mais aprendeu com essa experiência?
Adoro inventar moda na cozinha, mas estou longe de ser uma super chef (risos). Participar do programa foi ótimo, o clima era bacana, a Ana Maria (Braga) é uma linda, e eu aprendi dicas de pratos que levo para vida.
O número de reality shows/quadros que contam com a participação de atores e famosos vem crescendo. De qual outro você participaria?
Difícil. Não sei dizer (risos)
Seu namoro acaba chamando bastante atenção dos fotógrafos e você posta fotos e declarações de amor nas redes sociais. Em tempos como os de hoje dá para fugir da superexposição?
Sou totalmente “Eu” nas minhas redes sociais. Posto o que tenho vontade e o que estou vivendo. Só me policio em relação a alguns assuntos, pois sei que muita gente acompanha e algumas vezes se influencia. Não tenho pretensão de servir de exemplo, mas gosto de passar coisas boas a quem está a minha volta e me acompanha. A exposição tem a importância que você dá a ela. Não deixo de viver minha vida por isso. Mesmo assim, existem alguns lugares que sei que são mais expostos e quando não quero isso, apenas escolho a opção B.
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