A última prova em equipes desta temporada do MasterChef foi, nas palavras de uma revoltada Paola Carosella, “um desastre”. E em todos os sentidos: os pratos não estavam a contento e a estratégia na formação dos times foi um tiro no pé.
A prova não era das mais fáceis. Os dois trios tinham que reproduzir um menu completo com as receitas preferidas de três conceituados críticos gastronômicos, Rafael Tonon, Luiza Fecarotta e Arnaldo Lorençato, que também foram os jurados desta fase. Paola, Erick Jacquin e Henrique Fogaça provavam cada prato e davam dicas de correção nos últimos 10 minutos.
Como foram os vencedores das provas anteriores, Lorena e Eduardo eram os capitães. Mas, desta vez, eles não escolheriam os times, mas, sim, seriam escolhidos. Curioso notar que Eduardo e Lorena têm o mesmo pensamento de não querer que os amigos os escolham com medo de ter que enfrentá-los na prova de eliminação. Faltou combinar com eles. O que Eduardo e Lorena mais temiam aconteceu: os trios reuniram os amigos Lorena, Juliana e Rodrigo do lado vermelho e Eduardo, Helton e Haila do azul.
“Ai meu Deus. Eu e o Eduardo perdermos quatro provas em equipe aqui. Tomara que seja desta vez que a gente ganhe”, disse Helton.
O menu escolhido pelos jurados foi entrada de cuscuz paulista (escolha de Rafael Tonon), prato principal de bouef bourguignon (Luiza Fecarotta) e bolo de nozes como sobremesa (Arnaldo Lorençato). Cada equipe tinha o próprio mercado, o que diminuiu o estresse.
Mas não adiantou: eles se atrapalharam num nível de tirar Paola Carosella do sério. Ela quase se levantou no meio da prova e deixou a cozinha assim que possível, antes mesmo de a última sobremesa ser servida aos três críticos.
As duas entradas foram muito criticadas. Nenhum dos seis amadores sabiam o que era um cuscuz paulista e ficaram sem saber, pois o que fizeram passou longe de ser um. “É mais marroquino do que paulista”, avisa Jacquin a Lorena. “Está quente e cru”, alerta Paola a Eduardo. Não adianta nem Lorena conseguir estressar Rodrigo (ele xinga, gente!) nos 10 minutos de correção. Rafael Tonon desaprovou as duas equipes.
O prato principal parecia que seria pior ainda. As duas equipes, especialmente a azul, pareciam perdidas na cozinha. “Vocês perderam a seriedade?”, pergunta uma esquentada Paola. A equipe vermelha ouviu que o maior problema estava no molho, que faltava reduzir, mas Fogaça disse que eles estavam no caminho certo. Os aventais azuis não levam nenhum acompanhamento e Eduardo tem muita dificuldade em ouvir os conselhos dos jurados. Era tanta coisa para fazer que naturalmente não ia dar tempo. “Está zoado”, confessou o líder a Haila. É… estava zoado!
Quando a especialista em doces derrapa na competição é mau sinal. Haila deixou o bolo queimar, mas a tempo de fazer outro. Ufa! A primeira equipe a ouvir as considerações de Paola, Jacquin e Fogaça foi a vermelha e Lorena quase surta com um bolo feio, seco e sem gosto de nada. Ela, Juliana e Eduardo operam um verdadeiro milagre e emocionam Lorençato com o doce servido. O time de Eduardo recebe uma lista de melhorias a serem feitas de Jacquin. Agora é escolher o que arrumar porque não dá para fazer tudo. Esperta, Haila resolve servir apenas uma fatia para tentar minimizar os erros. Não é que dá certo?
No final, Tonon, Luciana e Lorençato elegeram, por unanimidade, a equipe vermelha a melhor da noite. Resultado anunciado, só uma coisa intrigou Lorençato: “esse menino não sorri?”. O menino era Rodrigo, que já havia voltado ao normal.
Pronto! Como Helton mesmo definiu o sonho de ter Haila e Eduardo ao lado dele até a semifinal virou “pesadelo”, pois eles três iam para a prova de eliminação.
Antes de os cozinheiros saberem o que viria pela frente, Paola Carosella fez uma dura avaliação da prova anterior. “Confesso que perdi a paciência e eu não gosto de perder a paciência. Mas foi um desastre. Foi a pior prova que eu vi na história do MasterChef“, avaliou a chef argentina sobre a organização — ou seria a desorganização? — do time de Eduardo.
Eduardo e Helton sentiram o golpe, mas o pior estava por vir. Abatidos, eles e Haila viram descer do teto três patos inteiros pendurados num gancho. “Eu nunca fiz pato na vida”, choraminga Eduardo.
Jacquin, Fogaça e Paola revelam que eles terão que fazer pato laqueado, ou pato à Pequim, receita que espanta Paola pela quantidade de processos. “Eu comi uma vez e tem tanto processo que nunca fiz”, diz a argentina. “Eu estou com dó de vocês”, fala Fogaça. Animadores, não?
Do alto do mezanino, Juliana, Rodrigo e Lorena respiram aliviados. Juliana se promete que não vai falar nada, mas não resiste e ajuda Haila quando a menina pede. Lorena também diz que ficará calada, mas o coração amolece e ela ajuda Helton desde sempre. Rodrigo não promete nada. E também não fala.
Os vários processos deixaram Haila, Helton e Eduardo desesperados e concentrados em dar conta de tudo. Paola Carosella chamou a atenção para uma diferença entre eles: a de postura. Enquanto Haila trabalhava com humildade, sabendo que nada sabe, os meninos iam com força, sem escutar muito e achando que estavam sempre no caminho certo.
Confesso que a maneira de Eduardo laquear o pato parecia, para quem estava em casa, mais correta. Mas a menos de dois minutos da entrega, Edu deixa o pato cair. Suspense, caras de choro e… comercial. Que vontade de matar a Band!
Eduardo ficou completamente sem reação e foi acordado por um grito de Haila: “pega que caiu sobre o papel!”. Ufa… Eduardo tinha pato para apresentar.
Quem não parecia bem era Helton. Tanto que Ana Paula Padrão pergunta: “está tudo bem, Helton?”. O menino responde que não sabe, mas Lorena interrompe: “está, sim, Ana”. Será que estava?
O primeiro a levar o pato aos jurados é Eduardo. O molho forte é uma crítica que Paola, Jacquin e Fogaça fazem. Além disso, o laqueado não estava crocante. “Está mais francês do que chinês”, decreta Jacquin. Será que vindo dele é um elogio?
Depois veio a vez de Haila. O ponto do pato rendeu elogios dos jurados e do mezanino, o molho também. Mas, assim como Eduardo, Haila pecou no laqueado. Elogio mesmo ela ouviu de Fogaça, que destacou que conheceu uma menina e agora via à frente dele uma mulher cozinheira. Fazia tempo que Haila não chorava, mas aí foi golpe baixo, né?
Helton foi o último a ser avaliado e fez o melhor laqueado, mas longe do perfeito. E só. O menino ouviu que o molho era ruim, a carne do pato estava dura, a panqueca do acompanhamento tinha a massa crua e até o pepino estava cortado de maneira errada.
Haila foi eleita a melhor da noite pelos jurados. Subiu aliviada, mas não feliz: dois amigos dela estavam lá embaixo. E os dois tinham a certeza de que sairiam.
Sabendo disso, Fogaça resolveu matar a gente — e eles — do coração. Fez duras críticas e alguns elogios aos dois e mandou Eduardo se despedir de Helton. Tá.. mas quem saiu? “Se despede do Helton, Eduardo, que ele tá saindo da competição”. É… de novo!
Antes de ir encontrar Ana Paula Padrão, Helton ouviu um conselho pra vida vindo de Paola Carosella: “você é de uma geração dos likes, do imediatismo. Muitas portas vão se abrir para você — escolhe com calma. Não sai abrindo restaurante por aí. É muito mais importante ter fracassos na vida do que sucessos instantâneos.” Diva!
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