Em boa fase, Anderson Di Rizzi passeia por vários núcleos de A dona do pedaço

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Anderson Di Rizzi emplaca mais uma parceria com Walcyr Carrasco como o Márcio de A dona do pedaço. Leia entrevista com o ator!

O ator Anderson Di Rizzi é uma espécie de amuleto do autor Walcyr Carrasco ー ou vice-versa. A parceria entre eles vem desde Morde & assopra (2011), quando Anderson viveu o sargento Xavier, e segue até a atual A dona do pedaço, na qual o ator dá vida a Márcio. Entre as duas produções vieram o professor Josué de Gabriela (2012), o Carlito de Amor à vida (2013), o Zé dos Porcos de Êta mundo bom! (2016) e o Juvenal de O outro lado do paraíso (2017).

“O Walcyr é um autor que escreve muito. Ele faz uma novela por ano e sempre me reserva para os trabalhos dele, sempre com personagens bacanas. Sou muito grato ao Walcyr pela oportunidade e confiança”, afirma Anderson, em entrevista ao Próximo Capítulo.

Sobre o momento atual, Anderson é só alegria, pois vem chamando a atenção com seu talento de interpretar Márcio e também pelo físico, exibido nas cenas em que aparece de cuecas ao lado de Kim (Mônica Iozzi).

“Não cheguei a fazer uma preparação específica (para A dona do pedaço), mas gravei recentemente, em Paris, cenas do longa O segundo homem, com um personagem soldado, que exigia um físico mais atlético, então tive que preparar o meu corpo para isso. Como voltarei a gravar o longa logo após a novela, tive que manter a dieta e foco”, conta o ator.

Na entrevista a seguir, Anderson Di Rizzi fala sobre A dona do pedaço, paternidade, teatro e cinema. Confira!

Entrevista // Anderson Di Rizzi

O Márcio pode ser considerado um divisor de águas na sua carreira? Porque?
Acho que cada trabalho, de certa forma, acaba sendo um marco porque nos ensina e nos traz sempre algo novo. E Márcio com certeza é desses trabalhos que me fizeram crescer. O personagem está me dando uma visibilidade e um retorno muito bacana, esse contato com o público tem sido especial.

O Márcio transita entre a comédia, quando está com a Kim, e o drama, quando está com a Silvia ou com a Maria da Paz. Como é essa alternância para o ator?
Tem sido incrível. O Walcyr está, mais uma vez, me dando uma oportunidade muito bacana de mostrar meu trabalho. Márcio transita entre dois universos distintos na trama, uma hora mais divertido, na outra mais sério, em que participa de decisões importantes ao lado de Maria da Paz. Aliás, tem sido especial contracenar com a Juliana Paes e com a Monica Iozzi, são atrizes incríveis. Estou muito feliz com o papel.

No início da novela, comentários sobre seu físico bombaram na internet por causa de cenas suas de cueca. Você fez alguma preparação especial nesse sentido?
Não cheguei a fazer uma preparação específica, mas gravei recentemente, em Paris, cenas do longa O segundo homem, com um personagem soldado, que exigia um físico mais atlético, então tive que preparar o meu corpo pra isso. Como voltarei a gravar o longa logo após a novela, tive que manter a dieta e foco.

Como lida com essa exposição do corpo? Esse tipo de cena é natural para você?
Sim, faz parte do meu trabalho. Quando é para um trabalho bacana, bem dirigido e algo que vai acrescentar para o minha carreira, eu faço com o maior prazer. E esse é o caso do Márcio.

A dona do pedaço é sua sexta novela de Walcyr Carrasco. Como é a relação de vocês?
O Walcyr é um autor que escreve muito, ele faz uma novela por ano e sempre me reserva para os trabalhos dele, sempre com personagens bacanas. Acho que tive sorte porque logo no começo dessa parceria eu comecei com um papel pequeno, o Sargento Xavier na novela Morde & assopra, em 2011, e ganhei a confiança dele. O personagem foi crescendo, acho que a partir dali ele começou a me ver de uma forma diferente e, desde então, tem confiado no meu trabalho e vem me proporcionando bons papéis. Sou muito grato ao Walcyr pela oportunidade e confiança.

Foto: Globo/Renato Rocha Miranda. Zé dos Porcos é um dos destaques da carreira de Anderson Di Rizzi

Você tem vontade de trabalhar com outros autores? Quais?
Eu vivo da minha arte de atuar, então, sim, claro, gostaria de trabalhar em outros projetos, com outros autores. Eu me interesso por personagens, trabalhos que me façam crescer e viver da minha paixão de atuar, seja na TV, no teatro ou nas telonas.

Você acaba de ser pai pela segunda vez. A paternidade mudou seu jeito de atuar?
Acho que a paternidade me trouxe um olhar diferente não somente para a atuação, mas para a vida. Hoje, tudo eu acabo pensando primeiro nos meus filhos, até nas coisas do dia a dia: no trânsito você acaba pensando antes de reagir a um insulto, por exemplo. Ou seja, não estou mais sozinho, tem dois pequenos em casa que precisam de mim. Então, preciso estar bem por eles. É um amor diferente, eu sempre digo que a única pessoa que você daria a vida, seria por um filho, eu acho que esse amor acaba se refletindo no trabalho também.

No teatro você está em cartaz com o drama Um beijo em Franz Kafka. As pessoas estranham te ver longe da comédia?
Muitas pessoas comentam a forma diferente como eles me veem na peça, eles se surpreendem, até autores da Globo, colegas do meio, como a Laura Cardoso, o Ary Fontoura, a Thelma Guedes, que me viram de uma outra forma, atuando em outro viés, e que me deram um feedback muito importante e positivo. Eu tenho buscado essas vertentes diferentes, no teatro, no cinema, como o longa ’O segundo homem’, que estou gravando e que faço um personagem que vive um momento delicado com a família por conta do seu desejo de fazer parte de uma legião estrangeira e acaba indo para fora do país. Fico feliz com essas oportunidades de mostrar o meu trabalho.

Você estará no filme O segundo homem. O que pode adiantar desse projeto?
O que posso adiantar é que um longa em que faço um personagem totalmente diferente do que já fiz na carreira. Faço um soldado, que vive um momento delicado com a família por conta do seu desejo de fazer parte de uma legião estrangeira e acaba indo para fora do país. Ele vai se transformando ao longo da trama e isso tem sido muito enriquecedor pra mim como ator. Ainda vamos terminar de gravar, logo após a novela, voltamos a filmar, então, o que tenho para adiantar é isso.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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