Desencantada estreia na Disney+ com a mesma magia vista há 15 anos

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Estreia da semana, Desencantada traz de volta a magia da princesa Giselle quase 15 anos depois do original Encantada

Pedro Ibarra

O tempo passa e alguns filmes ficam. Os motivos são dos mais variados, o que importa é que algumas produções são marcantes. Encantada foi um desses filmes. Com quase 15 anos desde a estreia, a história de Giselle (Amy Adams), uma princesa de desenho animado que busca o próprio “final feliz para sempre” no mundo real em Nova York, ainda é famosa. Na última sexta (18/11), após todo esse tempo, o filme ganhou uma continuação. Intitulado Desencantada, o longa está disponível na Disney+ .

A história tem novos ares. Afinal, após o primeiro filme, Giselle já havia conseguido o sonhado final feliz. Porém, a protagonista sentia falta da vida alegre e mágica que vivia no mundo animado de Andalasia. Após 10 anos em Nova York, ela estava cansada de conversar apenas com pombos, ratos e insetos da cidade e decidiu migrar para o subúrbio, onde teria maior contato com a natureza e moraria em uma cidade mais parecida com o mundo em que vivia antes.

Contudo, o plano dela não saiu exatamente como desejava, visto que Giselle, o marido, Robert, mais uma vez interpretado por Patrick Dempsey, e a enteada, Morgan, vivida pela surpreendente estreante Gabriella Baldacchino, não conseguiram se adaptar à nova vida. Em um pedido desesperado, Giselle acaba usando a magia de Andalasia para transformar o próprio mundo em algo parecido com o conto de fadas que vivia. No entanto, nos contos de fadas as madrastas costumam ser más e Giselle precisa correr contra o tempo e da ajuda da enteada para não virar a vilã da própria história.

Além de Adams e Dempsey, Idina Menzel e James Marsden voltam aos papéis de, respectivamente, rainha Nancy e rei Edward, de Andalasia, em uma atuação metade presente e metade dublando personagens animados. Alan Tudyk retoma o papel do esquilo Scroll, porém apenas como dublador.

A atriz Amy Adams não é só a protagonista Giselle como o motivo de o longa ter sido produzido. “Eu queria fazer um filme não só com a Amy, mas para a Amy. Ela é uma atriz incrível, além de minha amiga, eu a admiro muito como profissional”, contou o diretor Adam Shankman na coletiva de imprensa para o público internacional.

A artista tem uma relação muito forte com a personagem. “Encantada foi muito no início da minha carreira, então é muito importante para mim estar revivendo essas lembranças”, afirma Amy, que assume que teve que encontrar onde a personagem estaria na atualidade. “Estávamos vendo o que a Giselle seria após passar 10 anos no mundo real. Ela precisava ter o pé no chão, mas sem perder a luz e a pureza que sempre teve”, explica.

A intérprete tem um carinho imenso pela personagem que deu um pontapé inicial à carreira com uma indicação ao Globo de Ouro. Quinze anos depois, ela tem dois Globos de Ouro e seis indicações ao Oscar e, mesmo com todo esse reconhecimento, Giselle permanece importante. “Eu sinto que a Giselle nunca saiu de mim, ela só não estava pronta para sair ainda, mas agora chegou a hora”, comenta a atriz.

A produção é centrada na personagem principal, assim como o prelúdio de 2007, com mais uma grande atuação de Adams. Porém, esse não é o único foco. A relação mãe e filha é questão central, visto que Morgan, ao chamar Giselle de madrasta, desencadeia todo o problema. “Quando eu era pequena, Encantada era meu filme favorito, a pequena Gabbie ia desmaiar se visse onde eu estou agora. O mundo musical não era novo para mim, mas fazer algo tão lindo foi. Isso tudo se mostrou um sonho se realizando”, exalta Gabriella Baldacchino.

A magia da Disney

Encantada foi destaque na Disney por ser uma grande ode aos mundos mágicos e musicais de princesas, príncipes, dragões e monstros que o estúdio faz desde a década de 1940. Em Desencantada, a fórmula é ainda mais explorada. “Toda a ideia do filme é reverenciar a história da Disney”, diz Adam Shankman. “Se você olhar em volta, tudo faz referência a outras coisas da Disney. Essa é a primeira vez que a Disney permite tanto se auto referenciar como nesse filme”, complementa. Músicas, poses de personagens e objetos de cenas fazem referências diretas, principalmente às animações.

A intenção é trazer todo espetáculo da Disney em um filme só. É como se os contos de fadas colidissem em uma mistura que reverencia tudo o que veio antes sem, necessariamente, perder a originalidade. “Para mim, foi uma aventura muito divertida e uma experiência extraordinária. Foi muito legal viver por um tempinho em um mundo de conto de fadas”, brada Patrick Dempsey. “Nosso final feliz seria ver todo mundo assistir a este filme”, completa Shankman.

Pedro Ibarra

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