A premissa que baseia um talk show é simples: um apresentador, um convidado, e muita conversa. Por mais que a ideia seja fácil, colocar um bom programa desse formato no ar é tarefa que pouquíssimos conseguem. Dentro dessa seara, David Letterman, 70 anos, se destaca. Após ficar 33 anos à frente de dois programas, nos dois maiores canais dos Estados Unidos (NBC e CBS), agora (depois uma breve “aposentadoria”) a verdadeira lenda da tevê volta às telas com o que pode ser a evolução dos talk shows.
My next guest needs no introduction with David Letterman chegou à Netflix na última sexta-feira (12/1), com a proposta de apresentar as maiores personalidades do mundo em uma conversa informal. A “série” é dividida em seis partes – só a primeira foi ao ar, a segunda, com George Clooney, será apresentada em fevereiro – com uma hora de duração cada.
Os próximos episódios prometem mais notoriedade com nomes como Jay-Z, Malala Yousafzai e Tina Fey. O tempo de quase um filme definitivamente vale a pena, talvez a Netflix (após falhar em tentar manter mais do mesmo do gênero com Chelsea Handler) esteja apresentando o que as próximas gerações entenderão como talk show.
A proposta do talk show é fazer uma sutil mistura com um documentário, em que trechos gravados se entrecortam com a conversa que está acontecendo no palco. Além do estilo documental, as grandes mudanças sobre o que o público está acostumado a entender como talk show começam com isso: um palco. As gravações acontecem em um teatro, com forte interação do público, que reage a cada palavra daquela conversa.
No primeiro episódio, Letterman convidou o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O 44º presidente norte-americano – e primeiro negro no posto – já tem uma relação segura com Letterman e não escondeu nada. Em My next guest needs no introduction with David Letterman o público acompanha logo no começo como foi o primeiro contato do apresentador com o convidado – o próprio Letterman liga para Obama.
Antes de sentar para conversar com o ex-presidente, Letterman viajou aos Estados Unidos para falar com John Lewis, um dos manifestantes de Selma, que lutou pelo direito do voto negro no país na década de 1960. A ideia de Letterman é imprimir um retrato de como a democracia presidida por Barack Obama foi construída pelas ações de homens anônimos que enfrentaram seus medos por um lugar melhor.
Mesmo o tom político sendo a grande tônica do episódio, Letterman ainda conversou sobre a vida particular de Obama, como a convivência com a família e o novo período de “férias”. Várias piadas regaram o papo, que como esperado, tiveram Trump como um alvo quase que natural.
Sob a direção de Michael Bonfiglio, a “simples” conversa teve contornos cinematográficos. As partes gravadas fora do palco no estilo documentário são apresentadas com linearidade, e as cenas filmadas em planos sequência e ângulos inéditos para o gênero conseguem imprimir o sentimento além do formato de talk show.
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