Por Pedro Ibarra
Os bastidores do mundo da música sempre foram do interesse público, seja pelo amor aos ídolos que sobem nos palcos, seja pela curiosidade de como é a vida e o glamour de quem vive do entretenimento e lotando grandes casas de shows e estádios. Esse mundo é contado em forma de ficção em Daisy Jones & The Six, uma das estreias mais esperada de 2023 que chega à Amazon Prime Video na próxima sexta-feira.
A produção apresenta uma série de entrevistas com a banda Daisy Jones & The Six, um grupo de muito sucesso nos anos 1970, mas que acabou no auge da fama. A trama envolve as relações interpessoais dos membros da banda para além da parte artística. Flashbacks são encarregados de contextualizar a história. Riley Keough, Sam Claflin, Suki Waterhouse, Josh Whitehouse, Will Harrison e Sebastian Chacon são os atores que interpretam Daisy Jones, Billy Dunne, Karen Sirko, Eddie Roundtree, Graham Dunne e Warren Rhodes.
Entretanto, o que traz expectativas para o público é o fato de a série se basear em um livro homônimo de muito sucesso. Escrita por Taylor Jenkins Reid, a obra alcançou o topo de listas de best-sellers e tinha a adaptação muito pedida desde o lançamento, em 2019. A pandemia e a popularização de teorias sobre o livro no TikTok aumentaram ainda mais a base de fãs nos últimos tempos.
Fã de romances e ficções, a socióloga e mestranda em antropologia social Thais Fonseca acredita que há algo de muito especial no livro que fez ele virar um fenômeno. “Daisy Jones & The Six tem esse universo musical e é uma história que consegue te envolver para pensar os bastidores e a história de uma banda. A narrativa é em formato de entrevista com os membros da banda, então, além de tudo, em alguns momentos, você acompanha narrativas conflitantes sobre os fatos”, explica. “A sutileza desses detalhes te deixa até em dúvida se foi baseado em fatos reais de uma banda que existiu. E a Taylor Jenkins Reid ainda tem um detalhe muito legal sobre seus livros, que é o de conectar todas as histórias por meio de personagens que reaparecem em outros livros dela”, complementa.
O fato de ser um livro aclamado e popular eleva o senso crítico do público, que espera mais da adaptação. “Já é bem difícil fazer adaptações sem algo tão lúdico quanto música… As pessoas podem acabar se decepcionando com essa parte”, acredita Débora Luna, profissional de relações governamentais e fã do livro, que se diz na expectativa. “Estou animada, acho que tem potencial para se tornar um novo clássico e atingir grupos que não leriam um romance escrito por uma mulher”, conclui.
Thais ainda levanta um ponto interessante. Ela acredita que essa adaptação mostra o poder que plataformas como o TikTok tem de fazer os jovens se aproximarem dos livros. “Nos últimos tempos, acho que a forma de consumir livros tem mudado muito. Vejo muita gente falando que os jovens não leem mais, e isso junto com o fato de que muitas livrarias físicas têm fechado. Mas eu descobri Daisy Jones & The Six por causa do TikTok e li o livro na versão digital, pelo meu Kindle”, conta a socióloga. “É muito legal como os conteúdos das redes sociais contribuem para a divulgação de livros e de popularizar isso”, completa.
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