Confira crítica do primeiro mês da novela Verão 90, da Rede Globo
Quando a trama de Verão 90 foi anunciada — a história de três ex-estrelas mirins em busca de fama depois de terem feito sucesso nos anos 1980 —, a novela parecia uma versão da série de comédia Samantha!, da Netflix.
Porém, bastou apenas um capítulo do folhetim para mostrar que a produção de Izabel de Oliveira e Paula Amaral era completamente diferente do seriado, apesar de ambos apostarem na nostalgia e na comédia — dois fatos que, atualmente, integram uma fórmula de sucesso.
Verão 90 não é apenas uma novela que se passa nos anos 1990. Estão lá todas as referências, que explodem na cara do espectador, mas, além disso, é uma trama com a cara do período em todos os sentidos: no enredo, no desenvolvimento dos personagens e da narrativa e na forma de atuação do elenco.
Então, o que o espectador vê no folhetim são personagens típicos de novela: caricatos, como as estereotipadas e atrapalhadas Manuzita (Isabelle Drummond) e Lidiane (Claudia Raia), que rendem boas risadas, e os mocinhos João (Rafael Vitti) e Janaína (Dira Paes), que mais parecem ter saído de uma novela do passado. O enredo leve e fora da realidade também conquista, sem falar na trilha sonora que abraça o coração.
Verão 90 é datada, sim, e é exatamente por isso que o folhetim tem conquistado o público. No mais recente dado do Ibope, a novela registrou um aumento de quase 20% do índice de audiência após um mês de exibição. Verão 90 mostra que o brega também é chique!