Crítica: The Tick faz sátira ao mundo dos super-heróis adotando pegada trash

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A série estreia nesta sexta-feira (25/8) na Amazon Prime Vídeo. O Próximo Capítulo assistiu aos quatro primeiros episódios e faz crítica de The Tick

Veredito: Regular

Hoje, as adaptações de quadrinhos são constantes na televisão e no cinema. Querendo fazer uma piada a essa tendência, a Amazon Prime Vídeo decidiu fazer uma nova versão televisiva de The Tick, HQ de Ben Edlund, de 1986, e que teve uma adaptação na tevê em formato de sitcom em 2001. A nova versão seriada tem produção e criação do próprio Edlund em parceria com David Fury (leia aqui a entrevista que nós fizemos com ele sobre The Tick), envolvido em séries como Homeland e Lost.

The Tick se inicia com uma cena em 1908, momento visto como onde tudo começou: quando a humanidade conhece o primeiro grande herói, o Superian (Brendan Hines). Depois a série avança para os dias de hoje quando acompanha a história de Arthur Everest (Griffin Newman). O jovem contador é obcecado por heróis desde a infância. Quando criança, ele os idolatrava, porém, depois de um incidente trágico (em que seu pai é morto de forma absurda durante um embate entre heróis e vilões), passa a investigá-los e relacioná-los com os principais acontecimentos históricos do mundo.

Crédito: Amazon Prime Vídeo. Arthur e Terror em The Tick

Por conta disso, ele acompanha de perto heróis e vilões. Dessa forma, Arthur descobre que o temido Terror (Jackie Earle Haley) está vivo e controlando a cidade. Nessa missão, ele conhece o herói azul The Tick (Peter Serafinowic), que resolve embarcar nessa aventura ao lado dele contra essa rede de vilões. A química entre os dois protagonistas é um dos pontos mais altos da série. Apesar de The Tick ser um personagem difícil de engolir (muito por ser um live-action, talvez isso se resolvesse em uma animação), a relação entre os dois proporciona momentos legais de se assistir. Também destaco a atuação de Yara Martinez na pele de Ms. Lint, uma das vilãs enfrentadas pela dupla.

A premissa da série é muito boa. No entanto, a execução nem tanto. Visualmente, a série é interessante e a história até segue num roteiro pertinente. Porém, ao adotar uma pegada trash, muitas vezes fica difícil levar a produção a sério. E você pode até se perguntar: mas uma sátira não deveria se levar a sério, né? Mas, diferentemente da primeira versão televisiva, The Tick não tem a intenção de ser uma sitcom ou apenas uma comédia. A série tem sim um pitada de humor, mas também tem a intenção de ter uma carga dramática. E por ter um estilo muito específico fica difícil de agradar um grande público. Mas se você é fã da HQ, aí talvez, a série funcione.

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

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