Lançada na Warner na última segunda-feira (13/2), Riverdale é uma típica série juvenil, com todos os clichês necessários nesse tipo de produção teen
Assim que a CW anunciou que produziria uma série televisiva baseada no quadrinho The Archie show, da Archie Comics, era difícil imaginar que essa fosse ser uma boa ideia da emissora. Mas a produção estreou em 27 de janeiro nos Estados Unidos e logo conquistou a crítica e garantiu que o canal fechasse outros acordos com a editora das HQs para mais seriados do universo. No Brasil, a produção chegou na última segunda-feira (13/2), com exibição na Warner Brasil.
Com inspiração nos quadrinhos, mas sem ser totalmente fiel a história das HQs, Riverdale acompanha Archie Andrews (K. J. Apa), um jovem estudante apaixonado por música e melhor amigo de Betty Cooper (Lili Reinhart), que nutre um amor pelo vizinho. Após passar um verão trabalhando com o pai, Fred Andrews (Luke Perry), Archie vê tudo mudar. Ele se envolve com uma professora da escola; se encanta com a presença da nova moradora da cidade, a morena Veronica Lodge (Camila Mendes); e, de alguma forma, sabe mais do que deveria sobre o desaparecimento do colega Jason Blossom (Trevor Stines).
Logo em seu primeiro episódio, Riverdale entrega tudo que uma boa série teen precisa ter: clichês que funcionam. O primeiro deles é a presença de um triângulo amoroso óbvio entre Archie, Betty e Veronica. Archie e Betty cresceram juntos e a jovem acabou nutrindo um amor pelo melhor amigo. Enquanto, Veronica é a novata misteriosa, que logo encanta Archie. Depois é o mistério sem chance de ser resolvido logo. O sumiço de Jason, que, em 4 de julho, ao sair com a irmã gêmea Cheryl Blossom (Madelaine Petsch) desaparece no rio. Além de um ponto de encontro dos amigos na pequena cidade Riverdale, o restaurante Pop’s.
Outro ponto que pode agradar é o fato da série possuir um clima que mistura referências de várias outras produções teens. Ao apostar em musicalidade, Archie está começando a escrever letras de músicas e a produção tem ainda o grupo Josie e as Gatinhas (outra HQ da Archie Comics), tem ares de Glee. Ao apostar em um visual macabro, lembra séries como The vampire diaries e Scream. Como tem um mistério que deve ser levado ao longo da temporada, pode parecer bastante com Pretty little liars. Para ser uma série teen completa só ficou faltando poderes (e olha que ainda não estou convencida totalmente da ausência deles).
Motivos para não ter vergonha de adorar Riverdale
1. A história é boa. É instigante, tem um bom ritmo e te faz querer assistir ao próximo episódio.
2. O elenco. Sim, a produção está cheia de novos atores e caras poucas conhecidas, apesar de que o público deve lembrar de Camila Mendes, norte-americana filha de brasileiros, e Cole Sprouse (Jughead Jones), o Ben, de Friends. Dito isso, é preciso tirar o chapéu para a atuação do elenco, que é convincente e carismática.
3. Os personagens. Não adiantaria ter um bom elenco, sem bons personagens, e isso Riverdale tem de sobra. Todos têm algum mistério, o que faz com que não existam mocinhas e vilões. Qualquer um deles pode assumir essa posição.
4. Temas importantes. Como toda série teen que se preze, Riverdale discute alguns assuntos relevantes para o público juvenil. A partir do segundo episódio, a produção fala de bullying, da opressão masculina sobre às meninas e também de racismo.
SERVIÇO
Riverdale
Toda segunda, às 21h40, na Warner.
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Falando em série teen, relembre produções juvenis que deixaram saudades.