Produção da Fox Premium peca pelo excesso, o que torna a história e os personagens desinteressantes. Leia crítica de Future man
A ideia pode até ser boa, mas execução deixa muito a desejar. Essa é a melhor frase para explicar a produção Future man, que estreou em novembro no Brasil nos canais Fox Premium, apostando em uma comédia extremamente escrachada — a ponto de incomodar.
Protagonizada por Josh Hutcherson (leia aqui entrevista com o ator sobre a série), conhecido por Jogos vorazes, a série acompanha o personagem Josh Futturman, um jovem viciado em jogos de videogame e que vive uma vida sem perspectivas trabalhando como zelador de um laboratório que estuda a cura da doença herpes.
Tudo muda quando Futturman consegue finalmente passar do nível 83 do game Biotic wars, optando por seguir um conselho do dono do laboratório Elias Kronish (Keith David): “Não se pode fazer a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. Com a vitória, ele recebe uma visita de Wolf (Derek Wilson) e Tiger (Eliza Coupe), os heróis do videogame, que explicam que o jogo não passa de um recrutamento para encontrar o salvador do planeta, que vive um futuro alarmante no ano de 2162, de onde eles vieram.
Para salvar a Terra, os heróis levam Futturman de volta para o passado, no ano de 1969, quando um acontecimento específico foi responsável por causar esse futuro em que os humanos sofrem contra os bióticos.
Crítica de Future man
Como dito anteriormente, o enredo até poderia ser uma boa ideia, ao mostrar um futuro distópico em que a humanidade precisa da ajuda de um jovem do passado para sobreviver, por utilizar viagens no tempo e também pelo fato de ter Josh Hutcherson como protagonista.
Mas isso tudo não é suficiente. Toda aquela empatia demonstrada pelo protagonista na pele de Peeta em Jogos vorazes não existe em Future man. Josh Futturman é um personagem totalmente sem graça, além de ser um estereótipo preconceituoso da figura nerd.
Um dos maiores problemas da série é apostar em um humor escrachado totalmente pornográfico e que não se justifica, inclusive, atrapalha — mas que é uma característica de Seth Rogen, que está envolvido no projeto. Em 30 minutos de episódio, metade das cenas tem um teor sexual com o objetivo de fazer graça. Mas, que, o que elas fazem é causar constrangimento, principalmente, pelo nome dos atores que estão envolvidos no projeto. Uma pena!