O Sétimo Guardião Simone Zucato

Conheça Simone Zucato, a atriz que vive uma as beatas de O sétimo guardião

Publicado em Entrevista, Novela

Com passagem por tramas como Malhação e Caras & bocas, Simone Zucato hoje dá vida a Liliane, personagem inspirada em Amorzinho, papel de Lilia Cabral em Tieta

A atriz Simone Zucato tem chamado atenção em O sétimo guardião na pele de Liliane, uma das beatas que integra o séquito de Mirtes Aranha, vivida por Elizabeth Savalla. “A Beth é uma pessoa incrível, simples e muito divertida. Além disso, é uma colega generosíssima que me ensina e aconselha. Nos divertimos muito durante as gravações. Para mim, é um verdadeiro presente trabalhar com ela e fazer parte de seu núcleo”, revela sobre a oportunidade de atuar lado a lado com a atriz.

Liliane foi uma personagem criada por Aguinaldo Silva, que convidou Simone para a novela (“ele já conhecia meu trabalho e me convidou para fazer parte do elenco”), inspirada em Amorzinho, papel marcante de Lilia Cabral em Tieta, um viúva reprimida sexualmente. “A responsabilidade é grande, uma vez que eu mesma me cobro muito e Lilia é uma das minhas referências como atriz”, afirma sobre a homenagem.

Para se preparar para a personagem, Simone conta que fez questão de estudar o catolicismo a fundo, frequentando missas e conversando com padres, freiras e fiéis da igreja. Além disso, se inspirou na própria dramaturgia. “Assisti às beatas de Aguinaldo – Perpétua, Gioconda Pontes, Maria Altiva, Amorzinho, Cinira e Lourdes Maria. Também fiz aula de corpo para criar traços da personagem e sessões de fono para criar uma voz para ela”, explica.

Entrevista / Simone Zucato

O núcleo das beatas tem ganhado cada vez mais destaque em O sétimo guardião. Como você vê essa repercussão?
Vejo de forma positiva. Fico muito feliz com esse destaque! Quando me param na rua para falar sobre a novela, a maior parte das pessoas me diz que as beatas são engraçadas. Acho que o público de hoje busca coisas mais leves para abrandar o cotidiano, que não está nada fácil. As novelas do Aguinaldo têm isso. Ele fala de coisas importantes de uma forma leve, divertida e até lúdica.

Você atua lado a lado com Elizabeth Savalla. Como tem sido essa experiência?
Maravilhosa! A Beth é uma pessoa incrível, simples e muito divertida. Além disso, é uma colega generosíssima que me ensina e aconselha. Nos divertimos muito durante as gravações. Para mim, é um verdadeiro presente trabalhar com ela e fazer parte de seu núcleo.

Roseane (Talita Fusco), Mirtes (Elizabeth Savalla) e Liliane (Simone Zucato). Crédito: João Cotta /Divulgação

Como você descobriu a sua veia artística, já que se formou em medicina?
Eu já era atriz quando me formei em medicina. Acho que a pergunta é “como foi fazer medicina sendo atriz?”. (Risos) Comecei no teatro aos 7 anos. Nunca tive que pensar o que eu queria ser, porque para mim não tinha outra opção, era atriz e ponto. Eu sempre amei estar no palco! Quando acabei a faculdade, me profissionalizei como atriz. O que me motivou foi o desafio.

Você tem uma trajetória no teatro e também estudando fora do Brasil. Como essas experiências a preparam para a carreira de atriz?
Um ator nunca pode deixar de se exercitar, de estudar, de cuidar de seu corpo e de sua voz, de ler e de observar o que está a sua volta. Quando não estou em cartaz, estou fazendo algum curso. Não importa a experiência que temos, é preciso estar sempre se aperfeiçoando. O bom trabalho é sempre o resultado de muita repetição, de muito jogo. E para isso, não podemos ficar em casa esperando as coisas caírem do céu. Ter estudado, e ainda hoje estudar fora, me permite praticar diferentes formas de atuação. Quando se faz um teste em Los Angeles, o ator tem que estar preparado para o estilo de atuação americano, que é diferente do mexicano, que é diferente do brasileiro. Eu procuro me preparar para tudo, pois pretendo voltar a morar fora e preciso trabalhar.

Você adquiriu os direitos autorais da peça Sylvia. Por que foi atrás do espetáculo e já sabe quando ele irá para os palcos? Qual será a sua atuação nele?
Eu me autoproduzo e é muito bom um ator escolher no que vai trabalhar. Procuro sempre escolher personagens muito diferentes de mim e que me desafiem de certa forma. Não fui atrás dessa peça especificamente. Estava indo para Los Angeles fazer um teste e um agente americano, que sabia que eu estava a procura de uma comédia devido à dificuldade de se produzir dramas no Brasil, me falou sobre Sylvia porque achava que era meu perfil e eu fui atrás. Não posso falar ainda muito sobre o meu papel, porque quero que seja uma surpresa para o público. Deixarei essas informações para mais perto da data de estreia, mas posso dizer que será a personagem mais desafiadora que farei e que exige muito do meu trabalho corporal. Estreamos em julho de 2019 em São Paulo.