O chef Lui Veronese sempre defendeu os sabores do cerrado em restaurantes em que comandou a cozinha na capital federal. Agora, ele está expandindo as fronteiras de sua cozinha. Não num restaurante, mas num reality show. Ele representa a cidade no Mestre do sabor, programa em que defende o time do português José Avillez.
O que você espera participando do reality?
A intenção sempre foi e sempre será mostrar meu melhor trabalho. Mostrar o Lui Veronese de cozinha, pai, filho, amigo… Espero ser entendido como profissional e como pessoa. Sempre tive um sonho de ter o meu próprio restaurante. Talvez o programa consiga me abrir essa porta. Espero por resultados positivos, independentemente de quais sejam!
Na cozinha atual quem é o Mestre do sabor, na sua opinião?
Difícil pergunta… Dos mestres, tenho uma maior identificação pelo trabalho do (José) Avillez, mas admiro muito todos os chefs do programa, inclusive os participantes. São excelentes profissionais e fazem um trabalho incrível! Tenho um orgulho enorme de estar ao lado deles.
Por que escolheu o time do Avillez?
A história do chef, suas conquistas, seus métodos e técnicas. É o que sempre busquei como meta profissional para mim. Me aproximar dele acredito que me fará um profissional melhor.
Como veio a ideia de participar do programa?
Fui convidado pela Globo. Na verdade nunca tive interesse em participar de nenhum reality. Mas o Mestre do sabor veio com uma proposta diferente, com profissionais que admiro e com mais intenção de promover e valorizar o cozinheiro. Entendi que pode ser uma excelente e muito positiva oportunidade para mim.
Como foi a repercussão depois que o programa foi ao ar?
O celular não para! Gente do Brasil todo me mandando votos de sucesso e mostrando admiração. Isso é muito forte, uma energia que agradeço e recebo de coração aberto. Sou sempre muito grato, e entendo que é só o começo.
Você acabou sendo também comentado por ter perguntado a Claude Troisgros se ele havia lavado as mãos antes de provar o prato que você estava preparando. Isso te incomodou?
De forma alguma! Foi uma reação espontânea, sem nenhuma intenção de reprimir. Uma brincadeira leve, com respeito e carinho. Entendo que nós, chefs, por vezes temos esse hábito de usar as mãos para provar a comida, é natural. Mas o povo que nos assiste assim não tem essa cultura e pode achar estranho. A reação da plateia foi descontrair e a do Claude também.
Como Brasília vai aparecer em seus pratos?
Tento colocar o cerrado em evidência. Nem sempre é possível, mas busco essa promoção. Brasília precisa de uma identidade e acredito que usar os produtos frescos que temos naturalmente em nossa região, o cerrado, pode criar essa cultura.
Cozinhar em frente às câmeras é muito diferente?
Outra experiência e completamente diferente de tudo que já vivi! Já cozinhei em guindaste, em melhores restaurantes do mundo, três estrelas Michelin, eventos gigantes, casamentos de celebridades… Mas a pressão e a tensão antes de entrar no estúdio é uma sensação muito intensa e única. Passar por isso está sendo um aprendizado. Não se pode dizer nunca “sei como é isso, Lui” se você nunca passou por isso. É radical!
Espera que o programa renda parcerias com os jurados ou com algum outro participante?
Espero que sim! Sendo positiva, toda aliança é bem-vinda. Estou de braços abertos para expandir como pessoa e como profissional, e caso seja com um dos colegas, que seja. Existe um ânimo para que isso aconteça entre nós. Com certeza, eventos pelo Brasil (ou Portugal) ocorrerão. Fiquem atentos às novidades!
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