Coadjuvantes roubaram a cena em Paraíso tropical

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O paraíso na novela era dos coadjuvantes. Camila Pitanga, Wagner Moura, Vera Holtz e outros ganharam status de protagonistas

Quando uma novela estreia, as atenções estão todas voltadas para o casal principal e para os protagonistas. Mas nem sempre esse interesse se confirma com o desenrolar da trama. Paraíso tropical, novela de Gilberto Braga que finalmente ganha uma reprise a partir de segunda-feira (5/7), às 15h, no Viva, é exemplo de folhetins em que os coadjuvantes fizeram a festa.

A trama de 2007 tinha como protagonistas as gêmeas Taís e Paula, vividas por uma insossa Alessandra Negrini, talvez no pior momento dela na televisão, ao lado de Meu bem-querer (1999). De personalidades opostas, claro, elas confundem o mocinho Daniel (Fábio Assunção), que fica com a ambiciosa Taís pensando ser Paula, por quem ele primeiro se apaixonara.

Não se sabe se pelo recurso batido das gêmeas de temperamento opostos que não se conheciam (e que voltará na próxima novela inédita das 21h, Um lugar ao sol, com personagens de Cauã Reymond); se pela apatia de Alessandra e Fábio, que, sem química, não decolaram; ou se por destino mesmo, o casal principal não emplacou. Assim como o público não tomou para si as dores de Paula. Chegamos a torcer pela gêmea má. Apesar de adorarmos Raquel, nós não rejeitamos Ruth em Mulheres de areia.

Para completar, os coadjuvantes de Paraíso tropical estiveram em estado de graça. Especialmente Camila Pitanga e Wagner Moura, como a prostituta Bebel e o empresário Olavo, numa espécie de Uma linda mulher com muito mais humor e pimenta. Sem sombra de dúvidas, Paraíso tropical foi a novela de Bebel, personagem que acabou perseguindo Camila por algum tempo e trouxe bordões como “é de catiguria”.

Mãe e filho na trama de Gilberto Braga, Vera Holtz e Bruno Gagliasso emocionaram o público com diálogos certeiros e duros para Marion rejeitar o caçula Ivan. Com um final surpreendente, esse núcleo — que tinha Olavo como o primogênito — foi outro que encaixou com o público.

Daysi Lucidi, Hugo Carvana, Yoná Magalhães, Gustavo Leão, Chico Diaz e Renée de Vielmond também se destacaram. De quebra, ainda seremos embalados novamente pelo clássico Sábado em Copacabana, de Dorival Caymmi, na voz de Maria Bethânia. É ou não é o paraíso?

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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