Clássico Dancin days chega ao catálogo do Globoplay

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O ano era 1978. O Brasil respirava agoniado por causa da ditadura militar, mas, nas ruas, víamos mulheres usando meias lurex, sandálias de salto alto fino e calça de jogging. Elas buscavam inspiração em Júlia Matos, personagem de uma indefectível Sônia Braga na novela das 21h, Dancin Days, estreia do autor Gilberto Braga na faixa que o consagrou.

O universo das discotecas, o grupo As Frenéticas soltando as feras na música de abertura e a rivalidade de Júlia Matos com a irmã Yolanda Pratini (Joana Fomm) estão de volta. A partir de segunda-feira (13/2), o Globoplay resgata Dancin Days e a novela entra no catálogo da plataforma de streaming.

É curioso como a trama central de Dancin Days poderia muito bem ser a de uma novela atual, com certeza melhor do que a atual titular do horário nobre, Travessia. Júlia é condenada a 22 anos de prisão depois de atropelar um homem. Com a metade da pena cumprida, ela consegue sair da prisão e precisa enfrentar a ira da irmã, que virou uma socialite fútil e amarga. Yolanda criou a filha de Júlia, Marisa (uma jovem Gloria Pires), fazendo o máximo para não despertar na menina qualquer sentimento bom em relação à mãe. No meio de tudo isso, Júlia se apaixona pelo diplomata Cacá (Antônio Fagundes), com quem vive uma relação de idas e vindas durante a novela inteira.

Para se aproximar de Marisa, Júlia adota uma identidade falsa e o efeito é o contrário: a menina se revolta ao descobrir a verdade. Júlia sai do país e, na volta, no melhor estilo “vocês não imaginam o prazer que é estar de volta”, regressa ao Brasil sedenta por vingança na segunda reviravolta de sua trajetória — a primeira foi a saída da prisão.

Dancin Days não foi um sucesso apenas na tela. Além da moda à la Júlia Matos ganhar as ruas e de a trilha sonora estourar, outros modismos foram adotados. A boneca Pepa, brinquedo preferido de Carminha (Pepita Rodrigues), virou febre nacional. É isso que faz com que Dancin Days seja mais do que um clássico. A novela de Gilberto Braga marcou uma geração e merece ser revista.

Liga

A presença de Alcione no Caldeirão com Mion foi emocionante. Marcos Mion não se conteve de tanta alegria e a Marrom esbanjou simpatia, revelando-se fã do programa e do apresentador. É bonito ver a emoção genuína dele
no programa.

Desliga

Para a lenga-lenga do BBB 23, especialmente às segundas e domingos. O tal jogo da discórdia é longo demais e acaba sendo mais enfadonho do que empolgante. E a prova de bate e volta, sempre com a mesma dinâmica, é previsível e parece eterna. Que sono!

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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