Uma das franquias de maior sucesso do cinema de animação, Carros está de volta cinco anos após o último lançamento, o terceiro longa, de 2017. A série Carros na estrada chegou ao Disney+ na última quinta-feira com um novo formato, de histórias curtas e engraçadas envolvendo os queridos Mate e Relâmpago McQueen.
Com episódios entre 8 e 10 minutos, os dois protagonistas fazem uma viagem de uma ponta a outra dos Estados Unidos para o casamento da irmã de Mate, uma personagem nova para o público. Eles passam por um circo, uma casa mal-assombrada, por um grupo de carros interessados em ultrapassar a velocidade do som. Fazem amigos e têm a oportunidade de conhecer melhor um ao outro. É um seriado que explora a fundo a amizade que se iniciou para o público em 2006, quando o primeiro Carros chegou aos cinemas.
Os diretores Brian Fee e Steve Purcell acreditam que a série tem uma liberdade poucas vezes vista antes na saga das animações. “Nessa história, nós sabíamos o início, o final e o meio, tínhamos algo mais modular. Há uma nova aventura para cada episódio da série. Nos permite fazer uma pequena história épica para cada lugar que eles vão”, afirmou Purcell, em entrevista ao Próximo Capítulo. “É muito difícil, quase impossível, para um filme ter uma mudança de tom com essa frequência que a série faz, nós íamos deixar a audiência possessa”, completa.
Os dois também elogiam o modelo em série pela liberdade criativa que tiveram. “É uma oportunidade de mudar sempre, de brincar mais e de permitir você mesmo a ir mais a fundo, tentar mais, ser mais ousado. Ao mesmo tempo, é um desafio ser tão curto, não há tempo para colocar camadas”, diz Brian, que compara a série à forma de servir comida. “Cada episódio é como um aperitivo, você só vai ter duas mordidas, então tem que ser cheio de sabores, mas talvez um prato cheio deles seja um pouco demais”, completa.
Seja em filme, seja em série, a intenção deles é tratar os personagens com o carinho que eles merecem. “Esses personagens são como uma família para nós. Por isso, queremos apresentá-los da forma como as pessoas esperam. Por outro lado, queremos que as pessoas aprendam coisas novas sobre eles”, explica Fee. “É uma oportunidade única, foi puro entretenimento”, adiciona.
A série serviu como um grande reencontro desses artistas com a criação que trabalham há mais de 20 anos. Quando a primeira fagulha de Carros surgiu, Purcell e Fee estavam lá já trabalhando. “Foi um sentimento incrível rever essas figuras, escutar mais uma vez a voz dos atores e encontrar novas aventuras para inseri-los. É muito gratificante ver a fruição dos nossos trabalhos”, afirma Steve, que aproveita para passar o recado para quem está sentindo a idade avançada quando vê que já faz mais de 15 anos da estreia do primeiro filme da franquia. “Se vocês estão se sentindo velhos, imagina a gente.”
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