As gêmeas Michelle e Giselle Batista chamam a atenção no canal GiMi, em que postam vídeos sobre rotina, viagens e curiosidades. Confira entrevista com as atrizes!
Michelle e Giselle Batista são atrizes e irmãs gêmeas que, além de atuar em novelas e nos palcos, bombam na internet. Michelle Batista está de férias desde as gravações da série O negócio e Giselle esteve na novela Apocalipse. Quando não estão nos sets, elas se divertem e divertem o público do canal GiMi, com vídeos no YouTube.
Ali tudo vale vídeo ー viagens das irmãs, o pai delas apresentando a cidade natal, dicas de beleza e maquiagem e até discordância quanto à arrumação da casa! O importante é ter humor e isso as duas já provaram que têm de sobra!
Leia entrevista com as irmãs Giselle e Michelle Batista
Como surgiu a ideia do GiMi?
Michelle – Faz algum tempo que a gente pensa nisso, e demoramos muito pra criar coragem de colocar em prática. Muito também pelo nosso cuidado em manter nossas carreiras independentes uma da outra. Mas os amigos sempre incentivaram muito. Acho que é um lugar legal de manter um contato direto com as pessoas que acompanham nosso trabalho todo esse tempo.
Giselle – Nossos amigos sempre incentivaram e diziam que a gente tinha que ter um canal. Eu cresci vendo canais abertos na televisão, o YouTube era um universo totalmente obscuro pra gente. É uma geração mais nova. Demoramos muito até para investir nisso. Mas tirando o medo e as dúvidas da frente, encontramos um canal direto com o nosso público. Um lugar onde a gente pode se experimentar, falar de tudo que a gente quiser e aprender muito. Tem sido incrível.
Como vocês escolhem os temas dos vídeos?
Michelle – A gente vai anotando ideias que surgem ao longo dos dias e escolhemos juntas as mais legais pra filmar.
Giselle – Escolhemos absolutamente tudo. Não tem um vídeo que não tenha vindo das nossas cabeças. Claro, recebemos muita sugestão dos internautas e procuramos na medida do possível atender aos pedidos. Mas tem coisas que nos pedem, que são febres na internet e a gente não se identifica, então acabamos não gravando, como por exemplo trollar pessoas. Não tenho a menor vontade de passar trote ou esses tipos de brincadeira. Nosso humor não passa por aí.
Quem dá mais pitaco no roteiro?
Michelle – Geralmente a gente divide: eu cuido de uns vídeos e a Gi de outros. Mas é claro que a gente dá pitaco um no da outra também, e isso só acrescenta.
Giselle – Ambas. A gente entendeu que o mais natural é cada uma propor seu roteiro. Não combinamos isso, mas naturalmente foi o que aconteceu. A Mixa desenvolve as ideias dela e eu as minhas. Sempre pedimos opinião e tal, mas ela é livre até pra criar roteiros que não acredito tanto. A gente tem que dar vazão às nossas ideias.
Com os roteiros do GiMi vocês pretendem seguir a carreira de roteirista de vídeos ou, quem sabe, de filmes?
Michelle – Esse tipo de roteiro é completamente diferente de um roteiro de cinema. Muitas vezes o vídeo surge de um não roteiro mesmo. O vídeo que postamos do Inhotim foi super experimental nesse sentido. A gente tinha filmado algumas coisas na chegada e depois nos divertimos tanto que não quisermos fazer vídeo nenhum. Então optamos por um Vlog, que começa com as imagens bonitinhas que fizemos e de repente entra uma legenda: vídeos toscos por motivo de felicidade extrema. E a partir daí vale tudo. Um monte de registro completamente informal, stories, coisas mal filmadas, vida real total. Isso é muito legal na internet. Essa liberdade. Agora sobre escrever roteiros de cinema, a gente nunca sabe. Ainda não fiz, é muito diferente do que faço hoje, mas não é uma impossibilidade não.
Giselle – Não pensei muito sobre isso, mas por que não? Com o canal tive ainda mais certeza de que como artistas temos que ser proponentes. O canal já trouxe uma troca muito bacana e encontros bem legais. Um artista não pode e não deve ficar à mercê do mercado. A gente tem que se reinventar sempre.
O público que acompanha vocês no GiMi é o mesmo das novelas e séries?
Michelle – Uma parte sim, mas tem uma outra parcela de um público muito jovem, da internet mesmo, que muitos nem conhecem nosso trabalho. Alguns estão começando a acompanhar agora justamente porque nos conheceram no youtube.
Giselle – É bem misto isso. Mas é engraçado que tem muita gente que descobre depois de um tempo que somos atrizes e começa a buscar nossos trabalhos pra ver. Teve até quem achasse que nós éramos uma pessoas só. Juro!!!! Bastante gente, inclusive. Mas tem também os que acompanham nosso trabalho e sempre querem saber das personagens. Fiz um vídeo falando sobre a minha última novela e deu 170 mil visualizações.
Qual foi o vídeo mais difícil que vocês gravaram?
Michelle – Acho que os vídeos de viagem são os que dão mais trabalho. Porque acaba tendo muita coisa, é difícil selecionar o material. Mas ao mesmo tempo são vídeos maravilhosos. O vídeo que fiz Os Batista desbravam a Paraíba é um dos meus prediletos. Tem imagens lindas, e é emocionante ver o meu pai mostrando a terra dele para nós.
Giselle – Cada um tem a sua dificuldade, mas confesso que fizemos vlog nos últimos tempos e não é fácil. Mas não é fácil porque você tem que gerar conteúdo no seu dia a dia, e nós não somos pessoas que gostam de ficar filmando e gerando conteúdo o tempo todo. Quero viver o momento. Então montamos um vlog com os stories que foram espontaneamente feitos, com os posts dos amigos. Ficou diferente, mas rolou super. Além de divertido, ficou a nossa cara.
A resposta do público da internet é diferente? Por que?
Michelle – Na internet as pessoas são muito francas, se elas odeiam elas falam mesmo, coisa que pessoalmente talvez não fariam. É um mundo muito louco. Mas com a mesma intensidade elas amam muito e interagem demais. Felizmente a gente tem tido uma resposta muito positiva. Recebemos muitas mensagens carinhosas e incentivadoras. No último mês nosso canal dobrou de tamanho.
Giselle – É. Internet é imediata. As pessoas falam tudo o que pensam na lata, pro bem e pro mal. Não se pode ouvir tudo e na maioria das vezes é difícil um debate mais profundo, afinal, palavra escrita tem o tom de quem lê. É preciso muita sabedoria. Eu sigo propagando as coisas que acredito e não me sinto obrigada a debater tudo que discordo. A gente tem que escolher nossas batalhas.
A pauta dos vídeos trazem a opinião de vocês. O que acontece quando vocês discordam? Não dá briga nunca?
Michelle – Acho que se a gente discordar não temos que fingir acordo não, é só cada uma falar o que pensa e pronto. Quanto mais verdadeiro melhor. Discordar, mudar de opinião, ou até mesmo não ter uma opinião formada sobre determinada coisa vale também. Assim é a vida.
Giselle – Tudo bem. Até isso é assunto. Como é a gente que inventa tudo, se a gente discordar cada uma mostra seu lado e pronto. Fizemos vídeos com as coisas que discordamos na organização da casa e foi muito engraçado. Um monte de gente escreveu dizendo que era igual a mim e um monte dizendo que era igual a ela. Divertido, até. Ser diferente também é bom.