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Caio Paduan se prepara para viver um surfista em Verão 90

Publicado em Entrevista

Ator Caio Paduan vai viver um milionário mimado em Verão 90, próxima novela das 19h. Leia entrevista com a ator sobre o papel, os anos 1990 e cinema!

Foi pequena a pausa de Caio Paduan nas novelas. Menos de um ano depois de sair do ar como o Bruno de O outro lado do paraíso (conversamos com ele à epoca da novela, lembra?), o ator está de volta como Joaquim, o Quinzinho, de Verão 90, folhetim que a Globo estreia na próxima terça-feira (29/1) na faixa das 19h.

Em entrevista ao Próximo Capítulo, Caio define o novo personagem como “um cara de bem com a vida, leve, alegre e quer se divertir muito, porém, ao mesmo tempo, não reflete nunca sobre suas atitudes e escolhas, sempre baseado em si e nas verdades que carrega.”

Na trama, Caio será um surfista que adora o mar e faz tudo pelos amigos. O fato de ainda ser em Verão 90 o primeiro protagonista nem de longe tira o sono do ator. “Acredito que independentemente da posição que se ocupa numa trama, é sempre importante fazer o seu melhor, mergulhar, passar verdade”, avisa.

Na entrevista a seguir, Caio Paduan fala sobre a novela, sobre esportes e sobre teatro e cinema. Confira!

Leia a entrevista com Caio Paduan

 

Ator Caio Paduan
Crédito: Globo/Cesar Alves. Caio Paduan: “Antes da novela eu não surfava, mas já admirava. Hoje estou muito feliz por esse contato, ainda mais porque a natureza é uma bênção”

O que você já pode dizer de Joaquim, seu personagem em Verão 90?
Quinzinho é dono de uma emissora de tevê e nasceu em família milionária. É um cara de bem com a vida, leve, alegre e quer se divertir muito, porém, ao mesmo tempo, não reflete nunca sobre suas atitudes e escolhas, sempre baseado em si e nas verdades que carrega. Além disso, ele é um apaixonado pelo mar. Outra coisa interessante será sua relação com seus amigos, em que se mostrará praticamente um irmão para eles mesmo às vezes soltando algum comentário desagradável. Quinzinho é divertido e inconsequente na mesma proporção!

A novela se passa na década de 1990. O que mais te marcou naquela época?
Muitas coisas, mas consigo destacar algumas que foram super marcantes. Frequentava, no Rio, bastante a Praça dos Cavalinhos durante a infância. Tenho memórias especiais das minhas idas ao Maracanã com meu pai. Sem contar, também, nos brinquedos e músicas da época, que não tem como esquecer. É parte da história!

Seu personagem na novela será surfista. Como está sendo a preparação? Você já surfava antes?
A preparação está sendo no mar (risos), além de coisas que tenho lido e assistido para me aperfeiçoar no conhecimento do universo do surf. Antes da novela eu não surfava, mas já admirava. Hoje estou muito feliz por esse contato, ainda mais porque a natureza é uma bênção e o Rio está muito bem servido!

Como é sua relação com esportes? Você costuma se exercitar?
Nasci fazendo esporte! Joguei futebol desde muito pequeno, aprendi a nadar bebezinho, etc… Hoje em dia continuo me exercitando bastante porque eu não consigo ficar parado e também por saúde! Musculação, corrida, surf, bike…a gente se vira como pode durante a semana com horários apertados, mas quando rola tempo, partiu!

Você apareceu no teatro, em O leão no inverno, com cabelo comprido. A mudança de visual foi pela peça ou pela novela? Como é para você mudar de visual?
É um processo pessoal de trabalho. Considero bem importante as mudanças porque elas dão mais originalidade ao personagem tornando ele único, como todos os seres humanos. No meu caso, para Quinzinho, o visual de cabelo comprido foi sugerido pelo Jorginho Fernando (Diretor), e logo aprovado pela caracterização pois se encaixa com o perfil do jovem surfista da época. Além disso, a caracterização aprofundada e com detalhes, nos permite, como ator, a buscar e investigar ainda mais a essência do personagem e, claro, isso faz toda a diferença.

O leão no inverno foi sua primeira peça depois de um tempo longe do teatro. Como foi reestrear ao lado de atores carimbados, como Regina Duarte e Leopoldo Pacheco?
Muito especial, pois eu estava morrendo de saudade! Cresci como ator em cima do palco, comecei ali e estava sem tempo para retornar. Por isso essa oportunidade foi especial e desafiadora! Além de ser um grande aprendizado a cada dia. Léo e Regina são grandes atores e parceiros de cena muito generosos. Léo é um dos melhores atores da geração dele e sou muito fã! Trabalhei com um mestre! Além disso, a história mística me interessou muito e foi uma experiência inesquecível poder dar vida a Ricardo Coração de Leão, porque a narrativa explorava sentimentos que habitam o ser humano no dia a dia, diante das mais diferentes situações. É bem especial quando podemos encenar algo que o público é capaz de se projetar, principalmente quando situações e sentimentos mundanos ocorrem numa família “real”, na corte. Guardo com carinho e estou ansioso para voltar ao palco esse ano novamente!

Você também está no elenco do filme Estação do rock, no qual vive seu primeiro protagonista. Isso pesa de alguma forma para você?
É uma oportunidade única, que me alegra demais e, claro, exige bastante de mim como ator, porém estou muito empolgado porque é, também, o primeiro trabalho em que canto. Quando se faz um protagonista as cenas são maiores, então isso acaba se tornando, de alguma forma, muito intenso, mas não vejo como um peso. Interpretar o Osso é o mesmo que refletir sobre o valor dos nossos sonhos e das escolhas que fazemos nessa vida para alcançar este ou aquele objetivo. A caminhada do meu personagem é cheia de altos e baixos, conflitos familiares e pessoais, mas acredito que tudo isso lança luz sobre a seguinte questão: “quais são nossos propósitos de vida?”.

E na tevê, você encara seus papéis como protagonistas ou isso não é uma preocupação para você?
Meu desejo maior é sempre trabalhar, contar boas histórias, emocionar e divertir o público. Cada projeto e personagem tem suas peculiaridades, e meu olhar é sempre para o aprendizado que posso ter com cada um deles. Acredito que independe da “posição” que se ocupa numa trama, é sempre importante fazer o seu melhor, mergulhar, passar verdade. Porque quem assiste é capaz de sentir e absorver isso.