Em Reis, Caetano O’Maihlan vive Quedés, guerreiro guiado por valores como o amor. Em entrevista, ator também fala sobre teatro
O amor é o caminho escolhido por Quedés para conquistar desde a expansão territorial ao respeito e carinho dos pais. A definição vem de Caetano O’Maihlan, ator que dá vida ao guerreiro na série Reis, em cartaz na Record. “Quedés é uma pessoa obstinada em conquistar o amor dos pais, tentando ser o melhor filho possível. Ele busca ampliar a cultura pela expansão de território, projetando o legado da nação e conquistando a admiração do pai e da mãe no caminho”, afirma, em entrevista ao Próximo Capítulo.
Por apresentar esse lado mais ligado ao crescimento pessoal, Quedés está em consonância com o clima cultivado também por Caetano, que comemora 20 anos de carreira em 2022. “Nesses 20 anos de carreira já nasci e morri várias vezes ao ponto de o Caetano do começo da carreira me parecer uma encarnação ao longe (risos). A vida é uma jornada de transformação e essa profissão catalisa muito esse processo para os que lidam com a atuação num sentido de missão. Sempre é necessário se arriscar e, por mais duro que seja, nunca deixar de se divertir no processo”, defende.
Os planos de Caetano para este ano não param na telinha. O ator deve participar de projetos, como o espetáculo Papa Highite. O espetáculo, uma participação especial em projeto do Grupo Tapa, tem um estreita ligação com a realidade política. “A peça discute como a organização política se dá na América Latina, uma reflexão que vem muito ao caso estando o nosso país às voltas com eleições”, adianta o ator.
Na fictícia Alhambra, Papa Highite é um estadista exilado numa outra cidade, enquanto a casa dele é ocupada por um homem com sede de vingança pela morte de Hermano Arrabal, numa tentativa mal sucedida de fazer a revolução armada no país. “Ele tentava conquistar direitos para a classe operária e seu povo, desafiando um governo despótico”, acrescenta.
Além de contribuir com o Tapa, Caetano O’Maihlan integra o elenco da Companhia de Teatro Íntimo, que completa 17 anos. “Não se conquista essa marca sem aprender a ser resiliente. Na pandemia, fizemos uma ocupação on-line no Instagram e YouTube, revisitando nosso repertório de peças, apoiado com lives. Foi um período bem intenso de trabalho e está registrado nos nossos canais digitais”, conta Caetano, ressaltando que a pandemia não matou o teatro.