por Pedro Almeida*
No início dos anos 1990, uma criança leve e divertida dava as caras na televisão brasileira. Bruno de Luca gostou de se ver na telinha e, de lá, nunca mais saiu. Cresceu e amadureceu em frente às câmeras, mas sem deixar o lado divertido de canto. Foi ator, repórter, viajou o mundo com o programa Vai pra onde, do canal Multishow, e, agora, comanda, com Ana Clara Lima, o programa A eliminação, que recebe os eliminados do reality Big Brother Brasil para um bate-papo.
Nascido em São Paulo, em 1982, Bruno de Luca chega aos 40 neste ano, mas parece nunca perder a aura da juventude. O jeito espontâneo e brincalhão cativou os telespectadores no início da década de 1990, na novela Fera ferida e em Malhação, e se consolidou no trabalho de repórter mirim do Domingão do Faustão, em 1996.
Ali, percebeu que a atuação poderia abrir espaço para as facetas de repórter e apresentador. Depois disso, nunca mais parou. Vídeo show, Caldeirão do Huck e Vai pra onde são alguns dos programas de grande audiência que contaram com a presença do apresentador bem-humorado. Agora, o Big Brother Brasil, que vive uma ascendente desde a edição de 2020, beneficia-se da presença de Bruno para tocar o programa A eliminação. De Luca tirou um tempo para conversar com o Correio sobre a carreira, os prazeres e as polêmicas do BBB, além da eterna juventude.
Qual a sua avaliação da atual edição do BBB? O que tem achado dessas primeiras semanas de casa?
Eu acho que toda edição do BBB tem o seu enredo, o seu roteiro, a sua discussão, as suas marcas. Em algumas edições, isso é definido bem no começo do programa. Em outras, demora mais um pouco. Essa edição está começando a ganhar mais forma agora, quando os personagens começam a se confrontar. E eu estou adorando. Eu sou um telespectador assíduo.
A edição está sofrendo críticas por pouca movimentação e intriga, enquanto a passada sofreu por ter intriga demais. Qual o equilíbrio para agradar o espectador de BBB?
O Big Brother é um programa que desperta muita paixão no público, nos torcedores. Muita gente que trabalha com futebol, como o Tiago Leifert e o próprio Tadeu (Schmidt), diz que dá para comparar o espectador de futebol com o de BBB. Vai ter sempre gente reclamando, de alguma forma, do que está acontecendo. Isso tudo faz parte do Big Brother, movimentar esse tanto de sentimento nas pessoas.
O público tem problematizado as edições mais recentes. Você atribui isso a um novo público ou ao espectador mais atento para questões sociais?
Tudo faz parte do atual momento que a gente vive. O BBB sempre reflete o que a gente está vivendo na época, de certa forma. Lógico que (o programa) é um recorte da sociedade. Se você assistir a outras edições do programa, você vê que os assuntos, os costumes, tudo refletia o ano em que estávamos vivendo. Muitas coisas mudaram, muitas coisas não se falam mais e muitas coisas deixaram de ser só opiniões e viraram certezas. A gente tem que se adaptar e se atualizar. É a sociedade que dita o rumo dos costumes, não o público.
Como é apresentar o A eliminação e ter essa conversa mais franca com os eliminados do BBB?
Eu adoro fazer programa ao vivo e adoro falar sobre comportamento, que é ao que se refere o BBB. É um crescimento profissional e pessoal lidar com questões que foram levantadas no programa e com uma pessoa, na maioria das vezes, fragilizada, que foi eliminada e acabou com o sonho. Tem várias questões que eu tenho que pensar e que me fazem uma pessoa e um profissional melhor.
Como você acredita que se desenvolveu no papel de apresentador e conseguiu dar sua cara aos programas que apresenta?
Desde que comecei a trabalhar como apresentador, ainda pequeno, fazendo reportagens no Domingão (do Faustão), o que fez com que me chamassem para voltar foi minha espontaneidade, minha naturalidade, porque eu ainda era uma criança, eu ainda não tinha os truques que se aprende na faculdade, no jornalismo. Depois, eu fiz faculdade e me formei, mas, na época, ia mais na brincadeira, no feeling, e isso trouxe uma espontaneidade que faz parte da minha personalidade como apresentador. Por estar muitos anos nessa carreira, muitas pessoas já me conhecem, acompanharam algum projeto e reconhecem meu estilo.
Você ainda se sente uma voz que conversa com a juventude? Como se manter relevante para novos públicos e gerações?
Acho muito legal eu ter essa conexão. Acho que tem a ver com o meu espírito jovem e com minha família. Meu pai e minha mãe são meus amigos e dos meus irmãos. A gente sai junto, viaja junto, vai para a balada. Somos uma família festeira, e isso reflete bastante na minha personalidade. E festa remete a jovens. Ao mesmo tempo, somos muito trabalhadores. Gosto muito de conversar com jovens. Até com crianças, eu tenho uma afinidade grande. Fico feliz de continuar dialogando com esse público mesmo chegando aos 40.
*Estagiário sob a supervisão de Sibele Negromonte
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