Britannia, uma série com potencial se soubesse se explicar

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O maior erro do primeiro episódio de Britannia é ter dificuldade em apresentar uma história repleta de núcleos

Desde que foi anunciada, a série Britannia foi apontada como uma espécie de Game of thrones. As duas produções até tem alguns pontos em comum: a história se passa num contexto épico e fantasioso, possuírem vários núcleos e o fato de se venderem como uma superprodução. Mas para por aí! Diferentemente de Game of thrones, que, aos poucos vai inserindo os inúmeros núcleos, Britannia tenta fazer isso logo no primeiro episódio e erra.

O capítulo de estreia da produção, que é exibida aos domingos às 21h no Fox Premium 2, começa mostrando o exército romano comandado pelo general Aulus Plautis (David Morrissey, o governador de The walking dead) seguindo para Britânia, com o objetivo de conquistar a misteriosa terra comandado por druidas e guerreiros, que, há algumas décadas, foi perdida pelo imperador Julio Cesar.

Ao mesmo tempo em que essa história é contada, a série vai apresentando outros personagens: um homem que foi banido da convivência com os druidas; um líder druida; uma órfã que perde toda a família durante uma cerimônia que torna as meninas em mulheres; e os integrantes de dois povos celtas diferentes que estão em guerra.

São tantos personagens e núcleos que a estreia de Britannia tem dificuldade em interligar as histórias e de criar empatia com o público. O que o espectador pode pescar durante a exibição do primeiro episódio é que os diferentes povos, que um dia uniram forças (tanto físicas quanto sobrenaturais) para impedir o domínio romano, estão em confronto. E isso é o benefício de Roma sob Britânia. O resto, é difícil de entender.

Visualmente, a série é bonita e, inicialmente, parece até ter potencial quando se pensa na introdução e nos conflitos. No entanto, a confusão em se apresentar é tão grande, que é difícil querer seguir em frente. A primeira temporada é composta por nove episódios e, apesar da minha resistência ao primeiro episódio, a produção está renovada para uma segunda temporada.

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

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