Foi ainda quando morava em Brasília que Guilherme Babilônia ouviu que deveria investir na carreira de ator. Na época, não deu muita atenção. Achou que estaria nos palcos por outro motivo: para cantar. Em 2015, quando se mudou para o Canadá, acabou sendo convencido por um colega de trabalho a estudar teatro. “Quando a palestra acabou, senti que estava ali por um motivo, e que esse era o caminho que eu tinha que seguir dali para frente”, lembra em entrevista ao Próximo Capítulo.
Desde setembro, ele pode ser visto na série Julie and the Phantoms da Netflix. A produção norte-americana é um remake de Julia e os fantasmas, atração exibida no Brasil em 2011 na Band, e acompanha a história da protagonista, uma musicista que luta para fazer música após a morte da mãe ao lado dos Phantoms. Na trama, Gui faz uma pequena participação. “Minha participação será em apenas alguns episódios, mas fiquei muito feliz pelo convite para participar desta incrível série, e de ter trabalhado com um dos meus diretores favoritos, o Kenny Ortega (responsável por High school musical e Abracadabra). Essa foi outra série que me deu um aprendizado gigantesco, não só como ator, mas também como pessoa”, conta.
Esse é só mais um trabalho que Gui tem acumulado experiência internacionalmente. Ele estreou na série Charmed: Nova geração, disponível no Brasil pelo Globoplay, em 2018, e trabalhou em The order, da Netflix. Depois conquistou um papel em Motherland, trama que teve início no ano passado e terá novas filmagens este ano. “Acredito que não estará ainda disponível para o Brasil, mas quem sabe vocês vejam o meu personagem Augustin Alcala, nos sites da Freeform e Hulu, canais da TV fechada dos Estados Unidos”, convida.
Babilônia diz que a trajetória fora do Brasil tem sido interessante, mas também de desafios. “São muitos altos e baixos. Por aqui eu tenho muitas oportunidades, a qualidade de vida é incrível, mas o mercado é saturado e acaba sendo um pouco limitado para artistas de outros países. O motivo principal é por conta do sotaque que acaba sendo perceptível, por melhor que a gente se esforce par falar o inglês perfeito”, completa.
Você passou por diferentes âmbitos da arte antes de se dedicar à carreira de ator. O quanto essas outras experiências foram importantes para a sua construção como artista?
Elas foram, são e sempre serão ser essenciais na minha vida. Eu sempre quis ser um artista completo. Dança, canto e atuação são três formas de expressão que me ajudam a me entender melhor como artista. Não consigo me ver sem na minha vida, especialmente a dança que me ajuda a expressar os meus sentimentos quando as palavras não são o suficiente.
Você mora há algum tempo fora do Brasil. O que te motivou a sair do Brasil?
Oportunidades. Sempre sonhei muito alto e sabia que viver no exterior poderia me proporcionar novas experiências. Experiências que eu sempre idealizei pra minha carreira, como a participação em seriados, por exemplos. Mas viver no exterior não é fácil. Ainda mais para um artista.
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