Brasiliense Allana Lopes vive a dúbia Bila em Gênesis

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Allana comemora viver personagem tão rico na trama da Record. Para ela, a Bila de Gênesis traz vários desafios

A atriz brasiliense Allana Lopes está encarando o maior desafio da carreira dela. Dividindo o papel de Bila da novela Gênesis com Patrícia França, ela tem pela frente “uma mulher forte, corajosa e ambiciosa.” “Diria que ela está à frente do tempo dela porque não aceita a posição como serva, que era algo cultural daquela época. Por essa não aceitação, acaba sendo vista como rebelde e sofrendo muito”, completa Allana.

Bila traz dois desafios para a brasiliense: ela não é aquela clássica personagem boazinha ou vilã; e, apesar de Gênesis ser uma trama de época, Bila traz uma discussão contemporânea sobre o machismo. “O desafio é que é o legal (do trabalho), ainda mais quando a personagem revela, aos pouquinhos, a personalidade. Entre a dualidade da Bila está a revolta da sujeição e o despertar pelo valor e amor à família depois que foi arrancada do seio familiar pelos amalequitas”, afirma Allana.

Essa rebeldia é o que acaba despertando no público uma discussão sobre o respeito à mulher. “É muito pertinente trazer essa discussão para nossos dias, pois ainda existe o machismo. E esse pensamento, essas ações de subjugar não apenas a mulher, mas o diferente, é um assunto que necessita ser extinto da sociedade. Já deu!”, desabafa.

Filha do ator Ronaldo Rafael, Allana Lopes teve os primeiros contatos com a arte em Brasília, onde a família dela mora até os dias de hoje. “Meu primeiro contato com a arte foi em Brasília, através do meu pai, ator, escritor e que tinha uma companhia teatral, além de atuar pedagogicamente nas escolas. Eu amava ir ao teatro assisti-lo e sabia que era aquilo que queria fazer também”, lembra a atriz. Ela conta que adora voltar a Brasília — “minhas raízes estão aí” — e que sempre que tem oportunidade está entre nós.

Quatro perguntas // Allana Lopes

Você teve o trabalho na segunda fase de Poliana interrompido pela pandemia. Como está vivendo a expectativa de voltar ao personagem?
Já estávamos em ritmo de preparação e início das gravações quando fomos surpreendidos com o início da pandemia, mas ainda gravo diariamente e estou completamente envolvida com a Bila e sua nuances. Tenho me dedicado à “Gênesis” e estamos gravando todos os dias.

O que você pode dizer sobre Poliana?
Tive o privilégio – no meio da pandemia – de não ficar sem trabalhar. Protagonizei Télos, uma série para o streaming, e logo em seguida fui convidada para a Bila. Mesmo com adiamento da novela, veio a Bila, um enorme presente que eu estou amando vivenciar e tenho certeza que o público vai abraçar. Posso falar sobre o que estou vivendo agora.

No seu currículo, vemos mais cinema. É no set de cinema que você se sente mais à vontade?
Na verdade, o cinema foi algo que me aconteceu primeiro. Eu amo atuar, seja no palco, em novelas, filmes ou séries. Para mim, o importante é tá exercendo o meu ofício. Mas, com certeza a paixão pela sétima arte veio de cara.

Como é sua relação com a capital hoje em dia?
Brasília é a minha terra natal, onde reside minha família, amigos de infância, onde passei maior parte da minha vida. Minhas raízes estão aí. Sinto saudades, e sempre que tenho oportunidade vou à capital.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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