Atores são o forte de Black-ish
Aquecimento Emmy! Toda sexta-feira o Próximo Capítulo publicará críticas de produções indicadas ao Emmy awards 2017 que ainda não foram citadas no blog. Acompanhe!
Na terceira temporada (com a quarta prevista para estrear em outubro, nos EUA), a comédia Black-ish já não é mais uma novidade — fator que certamente contou a favor das avaliações excessivamente positivas da primeira leva de episódios. Este ano, a produção concorre a quatro Emmys: melhor comédia, melhor ator de comédia (Anthony Anderson), melhor atriz de comédia (Trace Ellis Ross) e melhor atriz convidada (Wanda Sykes).
Reparou? Das quatro estatuetas a que a série concorre, três são para o elenco. Não é à toa: os atores são o grande trunfo de Black-ish. Anthony Anderson dá um passo como o publicitário Andre Johnson, olha para a câmera e do nada você tem vontade de rir.
Mas impagável mesmo é Trace Ellis Ross como a esposa dele, a médica Rainbow. Ela alterna momentos de drama, de comédia e você se convence sempre. Até quando ela exagera nas caras e bocas — às vezes ela faz isso, sim — é bom. Trace já ganhou o Globo de Ouro da categoria deste ano e não seria injusto, nem uma surpresa vê-la repetir o feito no Emmy.
Além dos dois, os coadjuvantes também seguram a onda e garantem risadas, como os quatro filhos de Dre e Bew (apelidos dos protagonistas) Zoey (Yara Shahidi), Junior (Marcus Scribner) e os gêmeos Jack (Miles Brown) e Diana (Marsai Martin). Nada de crianças tatibitates ou miniadultos. Os atores e diretores criam crianças que agem como… crianças ou pré-adolescentes que são. O clã ganha mais um membro, pois nessa temporada Bew está grávida.
As cenas de picuinha entre eles são divertidas e passam mensagem batida, mas bonita de união familiar acima de tudo. Não importa se eles estão barrados na Disneylândia (olha aí, Baby do Brasil, Pepeu Gomes e prole ilimitada!), em meio a um jogo de futebol ou se ajudando nas tarefas domésticas — eles são um só.
O problema maior de Black-ish está na temática. Até aqui falamos de conflitos familiares. Mas o mote da série é discutir, de forma bem-humorada, o racismo. Aí ela escorrega — e feio!
Dre e Bew são negros bem sucedidos profissional e economicamente. A série tenta passar que isso é “normal”, mas os personagens não param de falar sobre isso e de jogar na cara dos outros. Seria mais interessante continuar nas sutilezas, como o fato de os subordinados de Dre serem brancos.
Outro exemplo está nas homenagens que a série faz a personalidades negras, como Barack Obama e Beyoncé. Os tributos dão liga a alguns episódios, mas destoam do roteiro do resto da trama. Precisava salientar tanto que Junior é negro na disputa pela presidência do grêmio estudantil ao ponto de o pai sugerir que o resto da plataforma dele fosse esquecida?
Aliás, nesse episódio Anthony Anderson, Marcus Scribner e Jenifer Lewis (como Ruby, mãe de Dre) estão sensacionais. Chamam mais a atenção do que o texto ou qualquer outra coisa. Viu? Estamos aqui falando de novo do elenco, o grande trunfo de Black-ish. Go, Trace!
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