BBB22 3ª semana: ter alguém que “amamos odiar” ainda é importante?

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Apesar da tentativa de Tadeu Schmidt, a saída de Rodrigo do reality não foi uma surpresa; a dúvida agora é se a falta do brother será sentida

Mais um ciclo do Big brother Brasil 22 foi fechado, e nesta quinta-feira (2/2), outra semana do reality começa. O grande destaque é a ausência de Rodrigo. O brother foi tirado da casa com 48,45% dos votos. Agora, basta analisar o que está por trás dos números.

O grande ponto da eliminação foi o embate nas redes sociais sobre até que ponto Rodrigo “motivava”, ou “agitava” o jogo. Apesar da resposta — do público — ter sido um categórico “não”, a questão vale a pena ser destrinchada.

O primeiro detalhe importante para se entender é: o que é jogo?

O Big brother, em todo o mundo, vai bem além de combinar votos, ou tentar se manter no programa em uma panelinha, como Rodrigo eventualmente tentou fazer. Só isso não seria o suficiente para manter qualquer pessoa no reality. A promessa do ex-brother ia além disso.

Ao declarar uma guerra contra a “Disney” da edição, Rodrigo teve uma visão muito assertiva sobre um panorama fortemente criticado fora da casa — e ganhou apoio por isso. A grande falha neste (bom) plano, contudo, foi o timing.

Rodrigo entrou em uma categoria muito específica desse tipo de reality de confinamento: o perfil de participante “que amamos odiar” — só que fez isso antes de implicar qualquer favoritismo, antes da parte do “amamos”.

Os participantes que “amamos odiar” não são monstros. São seres que despertam um mínimo de carisma em paralelo com alguns erros de convivência, ou erros sociais. Dentro do BBB, isso é visto com uma lupa, é ampliado. E, por mais que alguns não concordem com este “mínimo de carisma”, a votação apertada deixa claro que a opinião não é unânime.

Não me entenda mal! Esse hate não é gratuito. O paulista definitivamente deu razões para a eliminação precoce (a 2ª da edição) — todos sempre dão. O grande objetivo desse texto, contudo, é olhar para esta figura que quase “amamos odiar” e entendê-la dentro de um contexto de 2022.

Há pouco tempo, era uma figura inquestionável (o Alemão literalmente ganhou o programa! O Prior virou marca do perfil), atualmente, todavia, não é perfil com carga. Toda essa “discussão” sobre o “BBB do amor” ou da necessidade de uma “agitada” na casa reflete muito sobre o quanto o público tende cada vez mais a amar para se tornar vencedor.

Juliette não foi uma unanimidade, Thelma não foi uma unanimidade, todos os outros antes delas também não foram. A novidade, agora, parece ser a tentativa de buscar um vencedor 100% perfeito. O alguém que “amamos odiar” não é mais importante. Talvez em 2022, o reality descubra quem “amamos amar”.

Ronayre Nunes

Jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). No Correio Braziliense desde 2016. Entusiasta de entretenimento e ciências.

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