Autora e diretor de remake de “Vale tudo” defendem que grandes histórias devem ser recontadas

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Com estreia marcada para 31 de março, a nova versão atualiza um dos maiores títulos da tevê brasileira

Patrick Selvatti

Vale tudo para vencer na vida? É a questão que separa mãe e filha na próxima novela das nove da TV Globo, escrita por Manuela Dias com direção artística de Paulo Silvestrini. Com estreia marcada para 31 de março, a nova versão de Vale tudo, um dos maiores títulos da teledramaturgia brasileira, escrito por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, e exibido originalmente em 1988, promete conduzir o público a uma jornada emocionante e atual sobre caráter, ética, honestidade, com enfrentamentos morais e romance. Elenco terá Alice Wegmann, Humberto Carrão, Renato Góes, Taís Araujo, Débora Bloch, Bella Campos, Paolla Oliveira, Carolina Dieckmann, Alexandre Nero, Cauã Reymond e grande elenco.

A relação entre mãe e filha com visões opostas sobre o caminho a se vencer na vida desencadeia um embate sobre se vale tudo para ser bem-sucedido e, ao mesmo tempo, honesto no Brasil. Enquanto Raquel (Taís Araujo), uma mulher batalhadora, típica mãe brasileira, acredita que é possível ganhar a vida com integridade e de forma honesta, sua filha, Maria de Fátima (Bella Campos), se dispõe a fazer qualquer coisa para alcançar o sucesso e abandonar a vida simples que leva em Foz do Iguaçu, no Paraná. O conflito entre essas duas mulheres está no centro da trama.

Vale tudo é uma novela que questiona a possibilidade de se dar bem no Brasil sendo honesto. A história vai ser contada por meio da trajetória da Raquel, que é a personagem da Taís Araujo e da Maria de Fátima, interpretada pela Bella Campos. As duas são mãe e filha e têm visões opostas sobre o caminho para se dar bem na vida, uma reflexão que permanece muito atual”, observou a autora, Manuela Dias, em entrevista divulgada pela TV Globo. Sobre o porquê de se recontar a história, ela disse que é da natureza das histórias que elas sejam recontadas. “As histórias que não foram recontadas nós nem conhecemos. É uma honra e um aprendizado para mim adaptar um texto do Gilberto Braga, do Aguinaldo Silva e da Leonor Bassères para os dias de hoje. Os remakes provocam encontros de gerações, de pessoas que viram com pessoas que não viram, e fazem a gente se repensar como sociedade”, defendeu.

Para o diretor artístico, Paulo Silvestrini, grandes histórias merecem ser recontadas. ‘”É o maior clássico da teledramaturgia brasileira, a grande história, os grandes personagens. Um clássico, sempre que relido, continua fazendo sentido. Estamos fazendo a novela para o público de hoje, para quem viu e quem não viu. Buscamos acomodar as transformações tecnológicas e realinhar as questões discutidas pela novela à luz da contemporaneidade. Sobre muitas coisas, o entendimento mudou, a agenda também. Queremos contemplar essas mudanças”, concluiu.

Vale tudo é escrita com colaboração de Aline Maia, Luciana Pessanha, Sérgio Marques, Claudia Gomes, Márcio Haiduck e Pedro Barros, baseada na obra de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. A pesquisa é de Luciane Reis. A novela tem direção geral de Cristiano Marques e direção de Augusto Lana, Fábio Rodrigo, Isabella Teixeira, Matheus Senra e Thomaz Cividanes. A produção é de Luciana Monteiro, a produção executiva, de Lucas Zardo e a direção de gênero, de José Luiz Villamarim.

Patrick Selvatti

Sabe noveleiro de carteirinha? A paixão começou ainda na infância, quando chorou na morte de Tancredo Neves porque a cobertura comeu um capítulo de A gata comeu. Fã de Gilberto Braga, ama Quatro por quatro e assiste até as que não gosta, só para comentar.

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