Atriz Bia Arantes solta o verbo e fala de crianças a política

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Atriz que vive a Cecília em Carinha de anjo fala ao Próximo Capítulo sobre planos para o futuro, a experiência de atuar para jovens e até sobre política. Confira o que pensa Bia Arantes!

Aos 23 anos de idade, a atriz Bia Arantes afirma que vive um momento especial na carreira. A jovem estreou em Cama de gato, passou por Malhação (2011) e Sangue bom (2013), e agora está em Carinha de anjo como Cecília, freira que vive o dilema entre seguir a vocação religiosa ou se entregar à paixão por Gustavo (Carlo Porto).

Fora das telinhas, o cinema também é uma paixão de Bia. Ela deve estrear no dia 18 de maio Real – O plano por trás da história, de Rodrigo Bittencourt. Ainda este ano ela poderá ser vista também em O filme da minha vida, dirigido por Selton Mello.

“Mesmo sendo uma obra ficcional, o filme cumpre um papel de incentivo dessa discussão e isso é muito legal, afirma a atriz sobre Real – O plano por trás da história.

Leia entrevista com Bia Arantes

Irmã Cecília vive o dilema de se entregar ao amor de Gustravo

A Cecília vive o dilema de seguir a carreira religiosa e se entregar ao amor do Gustavo. O que você faria na situação dela?

É muito difícil me colocar numa escolha dessas. Ambos caminhos têm muita importância na vida da Cecília! Eu não tenho qualquer impedimento para viver um grande amor. A vocação religiosa da Cecília é algo que ela vai acabar entendendo de forma diferente, acho que nada supera o amor de verdade.

Você esteve em Malhação e agora está em Carinha de anjo, duas produções voltadas para um público ainda em formação. Sente responsabilidade de estar falando para jovens e crianças?

Acho que, independente da produção, a responsabilidade artística envolve auxiliar a formação das pessoas, até mesmo pelo contato cada vez mais próximo pelas redes sociais. Mas é claro que quando o trabalho envolve crianças e adolescentes os cuidados são redobrados e a responsabilidade é maior ainda.

Quais são as principais diferenças em viver personagens em produções adultas e infanto-juvenis? A preparação é diferente? Ou é apenas o texto mesmo?

A linguagem, tanto verbal quanto corporal, são diferenciadas. Nada pode ser muito brusco ou assustador demais. Há um compromisso em entreter crianças e qualquer outro público de uma maneira leve. Quando a produção é adulta, a personagem pode ter outra função além de comunicação e sim “perturbar” mais quem assiste.

No cinema, você estará num filme que fala sobre um recente episódio da história brasileira. Falar sobre política é um papel da atriz/cidadã Bia?

Política é um tema essencial e que deve ser debatido sempre que possível, pois é tão extenso e profundo que nunca saberemos o suficiente. Mesmo sendo uma obra ficcional, o filme cumpre um papel de incentivo dessa discussão e isso é muito legal. Como ex-estudante de Ciência Política, acho que falar sobre isso é um papel da atriz, da cidadã e de qualquer pessoa. Mas com o devido respeito e cautela, é claro.

Como você lida com essa pressão de ser formadora de opinião num país como o nosso, que adora televisão?

Tenho a oportunidade de fazer uma produção que não fere em nada a formação de crianças e adolescentes! Pelo contrário, é uma obra que abre os olhos dos adultos para essências infantis perdidas e passa bons exemplos para as crianças. Assim fica mais fácil esse cargo. Porém, independente do papel, na vida sempre procuro dar bons exemplos também e não fazer nada diferente da educação que meus pais me deram e do que condiz com meu caráter. Por esses motivos, não é pressão alguma.

Fale um pouco sobre a experiência de ser dirigida por Selton Mello, em O filme da minha vida.

O longa O filme da minha Vida é uma obra lindíssima que o Selton adaptou do livro Um pai de cinema. Esse projeto me conquistou de cara! Além da delicadeza e sensibilidade em todo o roteiro, a direção do Selton tem uma percepção muito particular. Ele nos deixa bastante à vontade e é muito pertinente na execução da direção. Acaba sendo um trabalho em equipe maravilhoso e muito verdadeiro.

Aliás, qual é o filme da sua vida?

Quando se ama cinema, fica impossível se ater a um filme só (risos). Para não fugir da pergunta, citarei O brilho eterno de uma mente sem lembranças como um dos que reúne roteiro/fotografia/trilha e direção que mais me agradam.

Ser dirigida por um ator é muito diferente? Por quê?

É sim! O diretor-ator tem uma empatia muito maior pelos limites e disponibilidade do ator. Consegue entender melhor o seu tempo e tem uma linguagem mais próxima. Eu gosto muito!

Assim como Selton, você gosta de dirigir?

Não tenho tido muito tempo para pensar em algo além de atuar, mas confesso que tenho me interessado cada vez mais em estar do lado da direção numa produção. Mas se eu for me tornar diretora um dia, terei um longo caminho de aprendizado a percorrer que, sim, não descarto.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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