Atores e diretores falam sobre a experiência de A menina que matou os pais, filme sobre o caso von Richthofen

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A menina que matou os pais e O menino que matou meus pais estreiam nesta sexta-feira, no Amazon Prime Video

Quantas verdades uma história contada por duas pessoas pode ter? Se estamos falando de um crime que chocou o Brasil em 2002, o caso von Richthofen, são algumas. São essas verdades que norteiam o roteiro de A menina que matou os pais e O menino que matou meus pais, dois filmes baseados nos autos do processo que estreiam hoje na Amazon Prime. (Leia a crítica)

Os filmes são dirigidos por Maurício Eça sob o roteiro de Ilana Casoy e Raphael Montes. No elenco, Carla Diaz vive Suzane von Richthofen, Leonardo Bittencourt é Daniel Cravinhos e Allan Souza Lima interpreta Christian Cravinhos. Enquanto A menina que matou os pais é baseado no depoimento de Daniel, O menino que matou meus pais traz a versão de Suzane.

Em entrevista ao Próximo Capítulo, o diretor Maurício Eça explica que “os filmes são complementares. É como um quebra-cabeça. Um faz parte do outro. É importante que se assista aos dois filmes, independentemente da ordem”.

“Não tem maneira certa de começar a montar um quebra cabeça. É por cima? Por baixo? O importante é que se monte”, completa Raphael.

É interessante notar que, embora seja a mesma história, os filmes apresentam personagens diferentes. É como se houvesse duas da Suzanes e dois do Daniel. “Em cada um dos filmes, a personagem da Suzane tem nuances bem diferentes. A gente mostra duas versões. Todo mundo quer saber o que se passava na mente da Suzane”, afirma Carla Diaz.

“Tivemos a preocupação de sermos fiéis aos autos do processo. Foi muito importante separar o filme do julgamento pessoal do caso”, comenta Leonardo Bittencourt. Carla concorda com o colega de cena e lembra que “o mais difícil foi o distanciamento do próprio caso. Não cabe a mim julgar a Suzane. Eles são réus confessos, condenados e presos.”

Tanto Leonardo como Carla classificam os filmes como um divisor na carreira deles. “O Daniel Cravinhos é um divisor não só por ser o primeiro protagonista. Mas também pela profundidade. É outro patamar que eu não tive em Malhação ou em Segunda chamada”, compara Leonardo, lembrando dos trabalhos anteriores na televisão. “A Suzane traz estágios emocionais muito fortes que eu não tinha experimentado como atriz. Muitos nem como Carla”, afirma a atriz.

Crédito: Amazon Prime/Divulgação

Um dos caminhos seguidos pelos longas é contar o como Daniel e Suzane chegaram ao crime. Para isso, a ação volta ao início do namoro dos dois, três anos antes de eles matarem os pais dela, Manfred (Leonardo Medeiros) e Marisia von Richthofen (Vera Zimmermann). “Foi um desafio escolher o caminho. A questão não era qual história contar, mas como. Daí percebemos que era interessante mostrar o antes do crime e veio a ideia de fazer dois filmes”, conta Raphael. “Optamos por dramatizar os autos porque o drama tem um potencial de tocar na emoção do público maior do que o documentário”, completa.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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