Ator Patrick Fabian fala sobre despedida de Magnum P.I.

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Magnum P.I. apresenta os últimos episódios da temporada final, na Universal TV, e ator bate papo com o Próximo Capítulo

Patrick Fabian como o personagem Sam Bedrosian, de Magnum P.I | NBC/Divulgação

Pedro Ibarra

Uma geração de amantes das séries de tevê tinha um grande astro das histórias policiais como ídolo. Entre 1980 e 1988, o ator Tom Selleck deu vida a um dos maiores personagens de ação das telinhas: Thomas Magnum, conhecido também como Magnum P.I. Porém, desde 2018, Jay Hernandez assumiu esse importante personagem e, cinco anos depois, Magnum P.I. se despede mais uma vez do público. Os últimos episódios da nova versão chegam ao Brasil a partir da próxima quinta-feira e marcam mais uma despedida desses amados personagens.

Na nova versão, Magnum retorna ao Havaí para continuar o trabalho de investigação particular do pai. A série traz Patrick Fabian, que vive o personagem Sam Bedrosian, para uma adição final de luxo ao elenco — o ator saiu de uma ótima participação de Better call Saul para ser uma das figuras centrais dos últimos episódios do seriado.

Fã do seriado desde novo, Patrick está feliz de poder ganhar tempo de tela no universo de Magnum. “O primeiro Magnum P.I. estava no ar quando eu era criança e eu lembro que todo o menino queria ser o Tom Selleck”, recorda o artista, em entrevista à Revista. “Todo mundo queria ter um bigodão. Eu não tive sucesso nessa missão na época e até hoje não consegui (risos)”, complementa.

A partir dessa vontade e de anos de sucesso na televisão, Patrick decidiu que iria atrás de participar desse sonho de infância. “Eu conhecia os responsáveis pelo casting da série e tinha deixado meu agente avisado para, caso surgisse alguma coisa, me colocar na série. Eu dei muita sorte que justo na última temporada funcionou para mim”, conta o ator.

Para ele, a produção mantém uma essência que o apaixonou quando criança, mas consegue trazer o frescor da juventude e dos novos tempos. “Sinto que conseguiram manter o humor intacto, mas atualizaram com velocidade e estilo que não eram possíveis em uma série de 50 anos atrás. Tem algo na energia dessa série que é diferente”, avalia o ator, que ainda cita o charme das locações. “Vamos falar a verdade: assistir a uma perseguição de carros no Havaí é mais legal do que em São Francisco ou no Omaha. Como ator, é a mesma coisa. Eu adoraria ir para Kansas City trabalhar, mas eu preferiria ir para o Havaí”, brinca.

Patrick chegou depois e o grupo estava bastante entrosado. “É como se todos estivessem na faculdade juntos há seis anos. Eles têm as próprias relações, piadas internas e questões. Foram mais de 100 episódios juntos”, afirma o ator convidado. Contudo, a proximidade dos outros atores não o afastou do sonho de estar na série que ama. “Foi um prazer e uma diversão participar dessa série”, comemora.

O fim da segunda etapa parece definitivo, mas Patrick ainda acredita que Magnum pode continuar importante para a televisão. “Quando estávamos gravando, nós não sabíamos se seria o final da série ou apenas mais um gancho. Do jeito que a televisão funciona atualmente, quem sabe? Se fosse escolha minha, com certeza, não seria o fim”, pontua o intérprete e fã.

Relevância mundial

Seja nos anos 1980, seja na década de 2010, Magnum P.I. fez uma legião de fãs que, atualmente, tem idades e interesses diferentes. O próprio Magnum é, literalmente, uma pessoa diferente. Isso mostra que a série pode não ter alcançado aclamação crítica, mas é um sucesso absoluto com o público.

Magnum P.I. é uma dessas produções que juntam a família toda para cada novo episódio. “Há um sentimento de amizade e de posse do público com séries como Magnum P.I. Amo que isso é possível. É especial saber que por uma hora as pessoas se conectam consigo mesmas, com seus entes queridos e com esses amados personagens. A contação de histórias permite isso e eu me sinto feliz de ser uma parte, mesmo que pequena, disso”, acredita Patrick.

O ator crê que séries como essa mostram por que o público ama tanto as telinhas. “Isso me lembra o poder que tem a televisão, eu esqueço às vezes, porque, para mim, é trabalho. A tevê é capaz de chegar a todos os lugares, é capaz de alcançar Brasília, está em todo o globo, com pessoas sentadas, vestindo roupas confortáveis e comendo pipoca, assistindo ao lado da família, ou até dos próprios cachorros, a gente fazendo o que a gente sabe”, reflete.