Ator Fernando Rubro comemora mais espaço para Xavier na temporada de 3%

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Xavier ganha ares de protagonista na última temporada da série 3%. Em entrevista o ator Fernando Rubro ressalta a importância de vermos negros em papéis de destaque

No início foi um susto. Mas Fernando Rubro tirou de letra o desafio de viver o Xavier na terceira temporada de 3%, ano passado. Agora, mais à vontade no set, Fernando viu o personagem crescer e ganhar ares de protagonista na quarta temporada da produção nacional, que a Netflix estreou na sexta-feira (14/8).

Fernando conta ao Próximo Capítulo que esse crescimento trouxe mais responsabilidade “não só no set, mas também fora dele. Foram vários dias de preparação e construção dessa nova camada do personagem. Aumenta a responsabilidade, mas, em contrapartida, o aprendizado é bem maior.” O ator avalia que a despedida de 3% vem com “muita ação, conflitos, cenas marcantes e reviravoltas. A quarta temporada chega para concluir um ciclo de toda uma história.”

O protagonismo de Xavier representa mais do que a ascensão de um personagem. É como a quebra de um paradigma que estamos vendo atualmente, com mais espaço para atores negros em papéis de destaque. “O audiovisual de modo geral tem mudado. Hoje vemos mais artistas negros em papéis de destaque. Isso é um reflexo de toda uma luta por visibilidade que ainda não terminou e talvez não termine logo, mas já temos um grande avanço. A própria Netflix busca por essa visibilidade em suas produções, como é o caso de 3%, Sangue e água e Cara gente branca”, comenta.

Além de ator, Fernando é cantor e tem outros talentos, alguns que até ganharam atenção durante os dias de isolamento trazidos pela pandemia de coronavírus. A quarentena foi de altos e baixos para Fernando. “Foram dias e dias. Dias produtivos, outros nem tanto, mas acho importante respeitarmos nossos momentos. Eu relembrei que amo desenhar, amo desenhar paisagens em P&B, fiz alguns e em breve vou enquadrá-los. Aproveitei para estudar instrumentos musicais e canto, além de ler bastante”, conta.

Na entrevista a seguir você pode saber mais sobre a experiência de Fernando na série 3%, o próximo trabalho dele no cinema e a carreira de cantor. Confira!

Entrevista// Fernando Rubro

Fernando Rubro: “Hoje vemos mais artistas negros em papéis de destaque. Isso é um reflexo de toda uma luta por visibilidade que ainda não terminou e talvez não termine logo, mas já temos um grande avanço”

O que podemos esperar da última temporada de 3%?
Muita ação, conflitos, cenas marcantes e reviravoltas. A quarta temporada chega para concluir um ciclo de toda uma história.

Na nova temporada de 3% seu personagem, Xavier, ganha muito espaço. Sua responsabilidade no set aumentou? Como lidou com isso?
Aumentou sim, não só no set, mas também fora dele. Foram vários dias de preparação e construção dessa nova camada do personagem. Foi um presentão o personagem ter ganho mais espaço. Aumenta a responsabilidade, mas, em contrapartida, o aprendizado é bem maior.

O Xavier entra na terceira temporada da série. Como foi chegar a uma produção com duas temporadas já lançadas? É mais difícil do que estar desde o início?
A princípio foi um susto, pois tudo aconteceu muito rápido. Acho que o desafio foi entender a dinâmica do elenco, do set, o que os diretores queriam e também a responsabilidade de entrar no meio de uma série, na qual o sucesso, principalmente lá fora, é grande.

Qual a importância de uma série do alcance de 3% ter protagonistas negros? Isso seria possível há 10, 15 anos no Brasil?
O audiovisual de modo geral tem mudado. Hoje vemos mais artistas negros em papéis de destaque. Isso é um reflexo de toda uma luta por visibilidade que ainda não terminou e talvez não termine logo, mas já temos um grande avanço. A própria Netflix busca por essa visibilidade em suas produções, como é o caso de 3%, Sangue e água e Cara gente branca.

Você estará no filme A sogra perfeita. O que pode adiantar sobre esse projeto?
É um filme para toda família, uma comédia leve, com um toque de drama e que, com certeza, vai garantir muitas risadas. O filme conta a história de Neide, feita pela Cacau Protásio, e como é sua relação com os filhos – o mais velho, que não sai da saia da mãe, e o mais novo, que já tem uma vida encaminhada fora de casa.

O filme é uma comédia. Sente-se à vontade nesse gênero também?
É um gênero no qual preciso me aprofundar mais, acho mais difícil fazer o público rir do que chorar. Mas a experiência foi ótima e quero, sim, participar de mais produções do gênero.

Além de atuar, você é cantor. Qual é o espaço da música na sua vida?
A música é uma das minhas paixões, foi por onde comecei a trilhar esse caminho artístico. Pela música eu conheci o teatro, conheci meus primeiros professores… Então não me imagino sem ela.

O ator e o cantor podem andar juntos? Ou é preciso sempre separá-los?
Podem, sim, claro! Eu acredito que hoje em dia não há essa necessidade de separar uma arte da outra, muito pelo contrário, o artista está cada dia mais plural e tendo a possibilidade de explorar diversos segmentos. Os musicais têm ganhado mais espaço no Brasil porque existem artistas com preparo pra isso. Sem contar as diversas produções que agregam música, dança, e atuação. Nesse perfil cito aqui as séries Coisa mais linda e Samantha, também da Netflix.

Como você tem passado esse momento de isolamento?
Está sendo um momento para organizar as ideias, repensar atitudes. Tenho ficado em casa, em paralelo trabalhando em alguns projetos pessoais.

Foi um momento criativo para você?
Foram dias e dias. Dias produtivos, outros nem tanto, mas acho importante respeitarmos nossos momentos. Eu relembrei que amo desenhar, amo desenhar paisagens em P&B, fiz alguns e em breve vou enquadrá-los. Aproveitei para estudar instrumentos musicais e canto, além de ler bastante.

Que futuro vislumbra para as artes cênicas no Brasil?
É difícil dizer, pois estamos num momento atípico. Mas almejo que tenhamos ainda mais espaço, oportunidades de trabalho, bons salários e artistas engajados.

Você já tem algum plano para o futuro?
Tenho alguns objetivos, mas até lá muita coisa pode mudar.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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