American crime story: O assassinato de Gianni Versace estreou na semana passada. Produção é exibida no Brasil pelo canal Fox Life, com novos episódios às quintas, às 23h
A antologia American crime story, de Ryan Murphy, conquistou o público assim que estreou. A primeira temporada teve como foco o julgamento do ex-atleta O.J. Simpson, acusado de matar a ex-mulher e um amigo dela. O sucesso da série teve a ver com o tema, conhecido mundialmente; a boa adaptação (bastante fiel a realidade); e a ótima atuação do elenco.
A segunda temporada do seriado estreou no Brasil em 18 de janeiro, com exibição pelo canal Fox Life, sob forte expectativa causada pelo sucesso da primeira temporada. Dessa vez, como o nome próprio indica, a série gira em torno do assassinato do estilista italiano Gianni Versace, ocorrido há 20 anos.
Crítica de American crime story: O assassinato de Gianni Versace
O primeiro episódio, intitulado The man who would be Vogue, entrega logo de cara a morte de Gianne Versace, vivido pelo ator Édgar Ramirez. A série começa mostrando Versace em sua casa em Miami saindo para sua caminhada habitual quando é surpreendido por Andrew Cunanan, papel de Darren Criss, que o atinge com tiros na porta de sua mansão.
A partir daí, a produção volta um pouco no passado para tentar explicar o assassinato do italiano, que, na verdade, não é o protagonista dessa história, apesar de estar no título da antologia. Para dar um motivo ao crime, a série se aprofunda na figura de Andrew Cunanan, um serial killer que já tinha matado quatro pessoas antes de Versace.
A obsessão do criminoso pelo estilista começou quando eles se conheceram numa boate em São Francisco. Esse é um dos pontos que a família do estilista contesta, segundo eles, Andrew e Versace nunca se conheceram de verdade e acusam a série de abusar da ficção. No entanto, há fontes ligadas ao italiano, que, na época do crime, confirmavam essa teoria.
Verdade ou não, essa é a linha de raciocínio que American crime story: O assassinato de Gianni Versace decide seguir, inclusive, haverá outros momentos de distanciamento da realidade. O motivo é que diferentemente do julgamento de O.J. Simpson, que foi amplamente televisionado, a morte de Gianni Versace tem muitos pontos que nunca chegaram ao conhecimento do público.
Com essa proposta em seu roteiro, a série mostra que Andrew Cunanan, o tal protagonista da segunda temporada, era um psicopata com o desejo da fama, ambição essa que ele quis conquistar sendo o algoz de Versace. Focar em Andrew Cunanan foi um risco tomado por Ryan Murphy, mas, ao mesmo tempo, um acerto. Em tempos de sucesso de atrações como Mindhunter e Manhunt: Unabomber, é interessante ver o que se passa na cabeça do assassino, que era, claramente, uma pessoa perturbada, o que está bem visível na atuação de Darren Criss, que está muito bem no papel.
Em relação à atuação também é importante destacar a presença de Penélope Cruz na pele de Donatella Versace, irmã do estilista, e do próprio Édgar Ramirez, que está muito bem caracterizado do italiano. Infelizmente é Ricky Martin que destoa do elenco ao interpretar o namorado de Versace, Antonio D’Amico.
Visualmente, a série também é muito bonita. A primeira cena em que é exibida a mansão de Gianni Versace é uma verdadeira obra-prima, além de ser bastante fiel a casa do estilista.
O episódio de estreia é bastante redondo e agrada. Agora se a antologia atingirá o mesmo sucesso da primeira temporada é uma dúvida que fica. Ao todo, a temporada terá nove episódios. Nessa semana será exibido o capítulo chamado Manhunt.