Cara e Coragem Foto: Globo/Estevam Avellar

Amanda Mirásci em ritmo de despedida de Cara e coragem

Publicado em Novela

Amanda Mirásci vive o clima de “missão cumprida” como a Cleide de Cara e coragem. A atriz comemora as várias nuances apresentadas pela personagem

Na reta final de Cara e coragem ー a sucessora, Vai na fé, está prevista para estrear em 16 de janeiro ー , Amanda Mirásci é só agradecimento. A intérprete de Cleide comemora ter voltado à comédia, “que não fazia há muito tempo”, e ter defendido uma personagem tão carismática, extravagante, forte e engraçada.”

A personalidade esfuziante de Cleide acabou deixando marcas em Amanda. “A Cleide foi essa avalanche de luz, cor e alegria na minha vida. Ela deixa tantas maravilhas que é difícil elencar. Vale lembrar da importância do figurino criado por Tereza Nabuco e da caracterização assinada por Daisy Teixeira, imprescindíveis para a concepção da Cleide”, afirma.

Mas nem sempre Cleide estava a serviço da comédia. A personagem caminhou à margem do drama de alunas abusadas por Renan (Bruno Fagundes) na academia. “Quanto mais vemos retratados esse tipo de comportamento, mais seremos capazes de confiar naquela voz que nos diz que alguma coisa está errada e que a culpa não é nossa”, reflete.

Foto: Priscila Nicheli/ Divulgação

Outra faceta mais séria de Cleide foi incentivar mulheres a empreender. Ela tocava a cantina da academia e, durante a novela, comprou a agência de dublês do ex-marido. “A mana é empreendedora e corajosa. (risos) Às vezes, o que falta é coragem. Que a coragem da Cleide possa inspirar a todas nós, que possamos estar sempre atentas a nos lembrar que nosso lugar é onde a gente quiser”, deseja Amanda.

Com as gravações de Cara e coragem praticamente encerradas, Amanda Mirásci planeja a volta aos palcos. “Meu solo teatral sobre a desmistificação da figura da bruxa é meu atual desafio. Esse projeto é uma idealização minha que vem sendo desdobrada há mais de dois anos. Estou muito instigada e inspirada com a possibilidade de experimentar no meu corpo a figura da mulher velha e solitária, que foi apontada como má, feia e perigosa, que foi perseguida e queimada na fogueira como bruxa apenas por não se encaixar no modelo de mulher que foi imposto pelo patriarcado, pela igreja e pelo capitalismo”, afirma a atriz, que foi buscar ajuda em livros como O calibã e a bruxa, de Silvia Federici, e Mulheres que correm com lobos, de Clarissa Pinkola.