Alice Wegmann mostra amadurecimento como atriz e é um dos grandes destaques de Onde nascem os fortes. Leia um bate-bola com a atriz!
A atriz Alice Wegmann é o grande destaque de Onde nascem os fortes, supersérie que a Globo vem exibindo na faixa das 23h. Intérprete de Maria, ela conta que foi convidada às pressas para entrar na novela.
“Estava escalada para Orgulho e paixão quando recebi uma ligação perguntando se eu topava ir para o sertão no dia seguinte. Li o roteiro pela primeira vez no avião”, contou Alice, em entrevista ao Próximo Capítulo quando a novela foi lançada.
Alice define Maria como “uma heroína feminista. São duas pessoas em uma só, todas muito intensas e movidas pelo amor”. A atriz revela que dispensou dublê nas cenas em que corre, pula portões e se arrasta em pleno sertão paraibano, onde o folhetim é gravado.
“Sempre fiz muito exercício. Fui ginasta profissional quando criança e treinava mais de 8 horas por dia. Mas confesso que fazer isso sob o sol não foi fácil”, afirmou Alice, que adorou o novo visual. “Queria, há muito tempo, cortar meu cabelo curtinho assim. É mais prático, supermoderno”. Ê, Maria Bonita modena!
Leia os principais trechos da entrevista com Alice Wegmann
Quem é Maria?
Ela é duas pessoas em uma só. Ela quer justiça pelo desaparecimento de Nonato (Marco Pigossi), mas não confia em quem tem o poder, então vai em busca disso por ela mesma. Ela é forte, mata uma pessoa para se defender, fere outra. Mas, ao mesmo tempo, tem uma coisa feminina, de se cuidar, de usar saia, de lutar pelos direitos das mulheres. É uma heroína feminista.
O convite
Eu ia fazer outro trabalho ー ia ser a Ema de Orgulho e paixão ー quando o (José Luiz) Villamarim, diretor da trama, me ligou perguntando se eu topava vir pro sertão paraibano. Era sábado e as gravações começavam na segunda. Li o roteiro no avião.
O sertão
Estar no sertão não é fácil, mas me ajudou a entrar no personagem. Sentir o vento, o silêncio… isso me emociona. Essa é a melhor forma de entrar no processo.
A preparação física
Maria é doida. Ela corre, pula portão, anda sem parar no sertão e sob o sol. Nos meus tempos de atleta ー eu era ginasta olímpica quando criança ー eu treinava até 8 horas por dia e acho que isso pode estar me ajudando agora. São muitas externas, a gente fica esgotado física e emocionalmente.
A cena da minha vida
Maria é o personagem da minha vida até aqui. Dá um friozinho na barriga quando vejo o tamanho dela. Até tento não pensar nisso (risos). A gente gravou a cena que ela mata o Jurandir (Rodrigo Garcia) na fábrica de bentonita que funciona de verdade. Foi muito forte. A cena mais emocionante da minha vida.
“É o nosso momento”
Onde nascem os fortes mostra o que está acontecendo no mundo. É o momento da mulher, o nosso momento. São mulheres que têm medo, mas têm mais coragem, como a Maria e a Cássia (Patrícia Pillar). Escrevo muito sobre feminismo nas redes sociais ー escrevia antes mesmo da novela ー e nunca imaginei que fosse ser parada nas ruas pelos meus textos. Mas isso acontece demais. É uma conquista minha porque ali não está a Maria ou qualquer outro personagem. É a Alice, com as ideias dela, de mulher moderna.