Com sucesso memorável, Game of Thrones chegou a oito temporadas e colocou no circuito alguns dos atores que se tornaram os mais bem pagos do mundo na atualidade. O seriado elevou a história, escrita originalmente por George R.R. Martin, a outro patamar e recebeu a possibilidade de ganhar um derivado, que estreia hoje. A HBO Max apresenta A guerra dos tronos: a casa do dragão, que precisa lidar com as expectativas de uma legião de fãs deixados pela precursora.
A nova história se passa 183 anos antes do cânone original de Game of Thrones e é focada na família Targaryen, que vive os momentos finais com Daenerys nas oito temporadas do original. Os dragões estão de volta em um papel crucial para a trama, que é regida, desde o início, pelos guerreiros de cabelo branco governantes de Westeros. A base é o livro Fogo & sangue, também escrito por George R.R. Martin.
A história, assim como a original, não possui um só protagonista, mas pelo menos três núcleos principais. O enredo inicia-se no reinado de Viserys Targaryen (Paddy Considine), que chegou ao trono por escolha do avô Jaehaerys Targaryen. O rei não tem um herdeiro homem direto, mas tem Rhaenyra (Emma D’Arcy), filha primogênita que já possui o próprio dragão e tem papel importante no núcleo jovem. Porém uma figura questiona a soberania de Viserys, o próprio herdeiro direto e irmão mais novo, príncipe Daemon Targaryen (Matt Smith).
A Revista recebeu com antecedência o episódio inicial da série e faz um apanhado das primeiras impressões que o episódio passa sobre o que está por vir no seriado.
Dar prosseguimento à história de Game of Thrones, traz consigo três responsabilidades claras. A primeira é carregar um público para uma narrativa nova em um universo que já é conhecido, não necessita de introdução e vive rodeado de uma imensa expectativa dos fãs, órfãos pelo fim da original. A segunda é tentar não cometer os mesmos erros de Game of Thrones, que teve um final controverso e criticado negativamente por espectadores e especialistas. Por fim, é necessário trazer gente nova para ver essa história, a base será sempre a de fãs dos livros e da série mãe de A casa do dragão, mas a intenção é expandir, buscar mais público.
O primeiro episódio de A guerra dos tronos: a casa do dragão mostra que as pessoas por trás da produção estão cientes do peso que carregam. Ryan J.Condal e George R.R. Martin, criadores da série, usam como ferramenta a busca pelas qualidades que apaixonaram o público pela história original.
O seriado tem sangue e fogo, como proposto pelo livro que criou a história. Porém, o lado visceral e frenético é que importa. Não são fatos por cima de fatos ocorrendo na tela ao mesmo tempo, mas toda fala, ação e decisão mostrada são importantes para a continuidade do enredo. A produção não parece dar ponto sem nó.
Tudo é feito para lembrar o Game of Thrones do início. Há algo de cru, solto das amarras da necessidade de agradar os fãs da nova série. Um apego à história que baseou, mas um desapego ao chamado fã service — a vontade de deixar o espectador feliz é maior do que a de prezar por um bom desenrolar da trama. É um bom texto antes de um bom divertimento.
Tecnicamente, a série tem investimento cinematográfico. Desde a computação gráfica, a direção de arte, a equipe de dublês, a estreia de hoje tem uma equipe de ouro nas mãos, que consegue dar profundidade e impacto à ação. Na parte dramática, a direção, a edição e a trilha sonora constroem muito bem a tensão. O seriado entrega um episódio bastante longo, com 1h e 6 minutos de duração, mas sem que um minuto seja de marasmo.
A casa do dragão mostra desde as primeiras cenas que tem um motivo para existir. Não é apenas mais uma ideia para gerar milhões e assinaturas de streaming e licenciados, é uma série com uma narrativa bem delimitada e que se aproveita de um universo de muito sucesso para passar o que parece ser uma mensagem estudada e preparada para chegar ao público, mas sem a intenção clara de apenas agradar. A nova história de Game of Thrones tem potencial astronômico, não é necessário ganhar os fãs, eles já estão ganhos. Agora é entregar a qualidade que estão acostumados e que rendeu diversos recordes, mais uma vez.
Há 11 anos, Game of Thrones estreava nos canais HBO com a história de um best-seller de fantasia muito cultuado pelos fãs. A série, que tinha até certo investimento, era uma aposta da HBO para o futuro, mas mudou a história da televisão para sempre. Contudo, o que dela é importante para A casa do dragão?
Em questão de narrativa, a nova série da HBO é independente. Não há citação a personagens da original, nem a necessidade de um conhecimento sobre o roteiro de Game of Thrones para assistir a nova série.
O ponto em que a estreia pede pela original é no conhecimento sobre as famílias. Os protagonistas Targaryen são essenciais na série, e saber da origem deles e da relação deles com os dragões é interessante, mesmo a série dando breves explicações. Outras casas são importantes de serem lembradas, principalmente os Hightower, pouco exploradas na original, eles ganham espaço já no primeiro episódio. Alicent (Olivia Cooke), filha da família, parece ser uma figura central no desenrolar dos eventos.
No mais, A guerra dos tronos: a casa do dragão é uma série que conversa bem com novos fãs, mas com um gostinho especial para quem já está imerso no vasto universo de R.R. Martin.
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