O clássico Vale tudo terá a segunda reprise no Viva, adiando a exibição de Brega & Chique, prevista para junho, no lugar de Bebê a bordo.
Ano passado, o canal Viva bombou com a reprise de Tieta. A novela de Aguinaldo Silva bateu recordes de audiência e foi substituída por Bebê a bordo. Mas a trama de Carlos Lombardi não está correspondendo às expectativas e está sendo reeditada (prática inédita na emissora) para acabar mais cedo e dar lugar a… Vale tudo, de Gilberto Braga.
Sim! O Viva deu uma de SBT e desmarcou a já anunciada reprise de Brega & Chique para apostar na segunda reprise de Vale tudo. A primeira, assim como Tieta, teve excelente audiência. A estreia de Vale tudo deve ser em junho.
A outra faixa de novelas, hoje ocupada por Explode coração, também sofreu alterações. Depois de anunciar Roda de fogo, a emissora vem de A indomada, mais uma de Aguinaldo Silva.
Relembre as tramas de Vale tudo e A indomada
Exibida originalmente em 1988, Vale tudo tem texto de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. A novela fazia um retrato do Brasil daquela época, que se parece muito com o de hoje, infelizmente. Falcatruas, pessoas querendo se dar bem a qualquer custo e outras lutando para apenas trabalhar honestamente.
Vale tudo tem cenas antológicas, como a briga de Raquel (Regina Duarte) com a filha Maria de Fátima (Glória Pires), a fuga de Marco Aurélio (Reginaldo Faria) do país a bordo de um jatinho, o porre de Heleninha Roitman (Renata Sorrah). Isso sem falar, é claro, do assassinato de Odete Roitman (Beatriz Segall), que parou o país. Não vou dizer aqui quem foi, mas, como você pode ler lá em cima, eu me lembro. Segundo a assessoria de imprensa do Viva, Vale tudo volta à emissora em junho.
No mês seguinte, será a vez de A indomada, de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares. A indomada é uma das melhores novelas da fase surrealista de Aguinaldo. Na fictícia Greenville, personagens inesquecíveis como Zenilda (Renata Sorrah), Santinha (Eliane Giardini), Pitágoras (Ary Fontoura), Ypiranga Pitiguary (Paulo Betti) e Emanuel (Selton Mello) misturavam o português com sotaque pernambucano ao inglês, originando bordões como “oxenti, my love”.
A trama girava em torno da vingança de Teobaldo Faruk (José Mayer), filho de pai egípcio e mãe brasileira, contra os Mendonça e Albuquerque. O principal alvo dele é Pedro (Cláudio Marzo), de quem ele consegue comprar as participações nos negócios da família. Os segredos do passado do forasteiro despertam o interesse da grande vilã da trama, Maria Altiva (Eva Wilma, perfeita no papel). A cena da morte de Maria Altiva entrou para a história das novelas brasileiras pelo impacto que causou no público e pela beleza.