Durante as minhas férias me vi entendiada zapeando pelos canais da televisão. Um hábito antigo que fui perdendo com o passar dos anos, graças aos serviços on-demand. Mas arrisquei a ligar a tevê no meio da tarde em busca de algo interessante para assistir e foi aí que apareceu o problema — a procura se mostrou um desafio.
De canal em canal, seja ele da tevê aberta ou fechada, encontrei reprises (muitas reprises!), programas de fofoca e aqueles filmes a que já assistimos milhões de vezes. Entendo que a demanda do período vespertino deve ser bem menor, mas tenho pena de que quer se distrair dessa forma. O espectador fica refém da mesmice da programação.
Se eu não conectar meu notebook à televisão ou simplesmente seguir a opção on-demand, em casos como esse, eu escolho um canal musical simplesmente para ter um barulho me acompanhando em outra atividade. Na minha casa vejo que algo parecido acontece com minha mãe, que, logo coloca num canal de esporte mesmo que seja para acompanhar uma partida de futebol da série D. Então fica aqui um pedido por menos reprises na televisão, queremos ver novidade!
DICAS DA ADRIANA
Alias Grace: Recentemente a Netflix disponibilizou a minissérie, que é baseada no livro Vulgo Grace, de Margaret Atwood (sim, ela mesmo, a autora de The handmaid’s tale, aquela série maravilhosa!). Em seis episódios, a produção conta a história de Grace Marks, uma jovem acusada de matar o patrão e a governanta da casa em que ela trabalhava quando tinha 16 anos. Um conselho canadense tenta reduzir a pena de Grace, que pegou prisão perpétua. Apesar de girar em torno do assassinato são as entrelinhas dessa trama que conquistam.
Young Sheldon: O spin-off de The Big Bang Theory sobre a vida de Sheldon Cooper teve uma temporada completa anunciada depois do sucesso do piloto e está oficialmente sendo exibido todo domingo, às 22h25, na Warner. Eu já tinha elogiado o primeiro episódio, mas poderia ser animação inicial. Assistindo aos dois seguintes posso decretar que Young Sheldon é um dos acertos dessa temporada de estreias. O pequeno Iain Armitage rouba a cena e entrega um Sheldon tão bom quanto o de Jim Parsons.