maiara_walsh3

Maiara Walsh: Dos EUA, direto para a novela Reis

Publicado em Novela

Maiara Walsh fala sobre a diferença entre fazer séries e novelas nos EUA e aqui e diz estar em casa como a Abigail de Reis. Confira!

A ligação de Maiara Walsh com as novelas era sazonal. Filha de um americano e de uma brasileira, ela vivia nos EUA e passava as férias por aqui. Era quando ela se deliciava com tramas como Malhação e O clone, títulos que não saem da memória de Maiara.

Hoje em dia, ela não só assiste às tramas brasileiras. Ela as faz. Depois de uma participação especial na série Coisa mais linda, ela entra de vez em Reis, da Record, como a Abigail. Pensa que o sotaque foi problema para a americana? Que nada! Foi, sim, solução. “Escreveram no roteiro que Abigail é de Sarefá, uma outra região de Israel. Por isso ela tem sotaque. Não escondo o meu”, conta, em entrevista ao Próximo Capítulo.

Entrevista // Maiara Walsh

A Abigail é uma das esposas de Davi. Como ela lida com essa bigamia dele, mesmo sendo um costume cultural daquela sociedade?
Abigail sofreu muito no primeiro casamento dela com Nabal. Ele foi abusivo e manipulador, um homem maligno. Abigail sempre tinha respeito por Davi e quando ela descobre que ele quer se casar com ela depois da morte do Nabal, ela sente que Deus está abençoando a vida dela. O carinho entre Abigail e Davi é um carinho de amor verdadeiro.

E você? Como lida com essa questão?
Eu sou uma mulher muito independente. Não preciso de um homem ao meu lado para me sentir completa. Eu acho que seria muito difícil viver na época da novela porque a palavra da mulher não era valorizada. Eu acredito na igualdade de gêneros. Mas, para mim, essa é a parte mais interessante de ser atriz: preciso realmente entender perspectivos diferentes dos meus, e ter empatia para tudo que passa na vida da personagem.

Sua estreia em Reis é um sinal de uma fase brasileira de sua carreira ou apenas aconteceu?
Eu sempre quis trabalhar no Brasil. Cresci visitando o Brasil quase todos os anos para ver minha família. Mas eu não sabia como começar uma carreira aqui. Em 2019 consegui o meu primeiro trabalho, em Coisa mais linda; depois trabalhei no filme Diários de intercâmbio, com Larissa Manoela. Este ano fui chamada para Reis. Demorou muito tempo para eu tomar uma decisão porque eu acabei de montar um estúdio criativo em Los Angeles e eu estava trabalhando numa outra série. Mas a minha intuição estava dizendo que seria um momento bom de me mudar para o Brasil e viver essa experiência por uma fase da vida.

Você fez muitas séries. Quais são as principais diferenças entre essas duas produções?
O elenco dessa série é enorme. Gravamos em três frentes. Me sinto como se estivesse fazendo uma peça, porque gravamos muito rápido. É um desafio legal de não só atriz, mas de trabalhar em português. Demora o dobro do tempo para me preparar.

Você tem um estúdio e vai lançar o primeiro single. Como você define seu trabalho musical? Quais são as suas principais referências?
Estou muito animada para lançar o meu primeiro single! Eu sou uma pessoa totalmente eclética. Escuto música de todos os gêneros e minha música reflete muito isso. Vou lançar uma canção cada mês e os estilos variam de blues, pop, rock, baladas, e eletrônico. Agora que estou aqui no Brasil, pretendo fazer música em português também. Esse primeiro single é uma infusão de soul pop eletrônico que fiz com o produtor e músico Macleod.