Atriz Michelle Batista acha fascinante participar de tramas como Gênesis, mas não se furta a tocar em temas contemporâneos em produções como Vítimas digitais
O otimismo vem acompanhando Michelle Batista nesse meio de ano. E essa força vem de Lia, personagem que ela interpreta em Gênesis, novela da Record que entra em sua reta final. “Lia é solar, sempre busca enxergar o lado bom das coisas”, define Michelle, em entrevista ao Próximo Capítulo.
“Ela é extremamente determinada, forte e com uma fé que nos inspira. Mesmo quando todos desacreditam dela, ela tem a esperança de um amor e uma vida melhor”, completa a atriz.
Mas essa luz toda se apaga um pouco quando o assunto é a rivalidade entre as irmãs Lia e Raquel (Giselle Tigre). As duas se envolvem num triângulo amoroso com o marido de Lia, Jacó (Petrônio Gontijo). Mas Michelle lembra que àquela época isso não era um tabu. “A gente tem que olhar para essa história pensando na cultura da época. A relação familiar de Lia é, sim, muito conflituosa, ela e Raquel têm diferenças éticas muito grandes. O conflito delas é mais por questões morais do que uma disputa por Jacó. Ter duas esposas era um comportamento até comum da época. Enquanto Lia procura um amor verdadeiro, Raquel está mais interessada em riqueza e posses”, defende a atriz.
Lia é a terceira trama bíblica de Michelle, que fez Milagres de Jesus (2015) e O rico e o Lázaro (2017). Mas ela também esteve em tramas contemporâneas como as 4 temporadas de O negócio (entre 2013 e 2018) e a novela Amor sem igual (2019).
“É uma responsabilidade muito grande contar uma história já tão conhecida com personagens que estão presentes no imaginário de tanta gente, ainda mais em tempos tão desafiadores como em Gênesis. Contar histórias de fé, esperança, amor e perseverança, reforça nosso otimismo na vida. Já contar histórias contemporâneas é falar de assuntos que estão circulando no momento; é uma nova linguagem todos os dias, porém estas variedades de possibilidade me fascinam como atriz”, compara Michelle.
Duas perguntas // Michelle Batista
Você fez parte do projeto Vítimas digitais (GNT), que discutia os perigos das relações virtuais. Como lida com essa questão?
Foi um trabalho incrível e de muito aprendizado, além de abordarmos temas necessários e urgentes. Mostrar esse lado sombrio das interações humanas por meio das redes sociais nos faz ficar atentos. Abordar temas como vazamento de vídeo íntimo até linchamento virtual… nunca foi tão atual. E não podemos esquecer que isso é crime, que a internet não é uma terra sem lei. Que ali há pessoas, sentimentos, vidas.
A internet é um território onde pessoas ofendem as outras sem punição. Você tem um canal no YouTube ao lado de sua irmã, Giselle Batista. Como lida com essas mensagens ofensivas e de ódio?
Eu e Gi estabelecemos um contato direto com as pessoas. Acho muito importante essa troca com o público. Na internet algumas pessoas munidas de perfis falsos se encorajam para destilar ódio, conhecidos como haters, o que é uma pena. Cada mensagem de ódio e de falta de respeito é um retrocesso na humanidade. A internet tem que gerar conhecimento, evolução na sociedade.