Thiago Gimenes aposta na emoção que o candidato passa ao se apresentar no Cante comigo. O diretor musical é jurado tanto na versão adulta como na teen
A emoção é o tom que o diretor musical Thiago Gimenes busca como jurado no reality show Cante comigo, da Record. Ele se define como “um jurado mais técnico”, que quer “uma técnica apurada no canto”. Mas revela que não resiste a uma boa dose de emoção.
“Se existe verdade na interpretação e emoção do candidato, eu levanto e canto junto. Erros são completamente perdoáveis quando o cantor tem a capacidade de te emocionar e se conectar com você”, confirma, em entrevista ao Próximo Capítulo.
Thiago procura, em suas avaliações, ajudar o candidato ー mesmo os que não ganham o “sim” dele. “Estou ali para conhecer, analisar e ver como posso somar, principalmente se o candidato consegue me arrebatar e fazer com que eu nem pense na técnica e cante com ele”, comenta o produtor, que também dá expediente na versão teen do Cante comigo, quando avalia crianças e adolescentes. Ele garante que musicalmente são poucas as diferenças entre quem se apresenta numa versão e na outra. “A nova geração está vindo com uma qualidade absurda. Assisti a performances poderosas e maduras nas duas versões do programa”, comenta.
Mesmo assim, Thiago ressalta que a diferença talvez esteja no modo de falar, que tem que ser mais brando com os meninos. “Existe a preocupação de ser um pouco mais didático nos meus comentários e dicas na versão teen. Assim como sou mais criterioso quanto à performance no adulto”, compara.
Thiago Gimenes está trabalhando no momento como um dos diretores musicais de Barnum – O Rei do Show, adaptação da Broadway para os palcos brasileiros. O trabalho vem sendo realizado com cuidado, com ensaios à distância e medidas sanitárias quando há reunião do elenco. “A volta do teatro musical aos palcos do Brasil tem sido uma constante preocupação para todos do setor. Ainda temo que isso irá demorar mais um pouco. As grandes produções não sobrevivem se não tiver bilheteria e, com a capacidade reduzida de público, a chance de termos essas grandes produções é cada vez menor”, lamenta Thiago, que não vê a hora de “a população brasileira estar vacinada para que a gente possa celebrar nos teatros todos juntos.”