Filme Soul estreia nesta sexta-feira (25/12) no Disney+
Há cinco anos, a Pixar lançava Divertida Mente, história que se passa a partir da perspectiva das emoções de Ridley, uma menina de 11 anos. Na narrativa, os sentimentos Alegria, Raiva, Medo, Tristeza e Nojinho se alternavam na sala de controle. Em 2020, o mesmo estúdio e o mesmo diretor Pete Docter trazem uma proposta semelhante — apesar de ainda mais profunda — com a animação Soul, que estreia nesta sexta-feira (25/12), no Disney+.
Se em Divertida Mente acompanhávamos os sentimentos no cérebro, em Soul, a história se debruça sobre a alma, a partir de conceitos como a construção da personalidade e a busca pelo propósito. Para isso, apresenta Joe Gardner, dublado por Jamie Foxx, um professor de música que sempre sonhou em tocar num grupo de jazz. Quando o desejo dele finalmente é realizado, ele acaba caindo em um bueiro aberto pelas ruas de Nova York, ficando entre a vida e a morte.
Nesse momento, ele é automaticamente conduzido para um espaço onde ficam as almas, tanto as de quem morreu, como as de quem ainda sequer nasceu. Desesperado por ter estar morrendo no momento em que considera o auge da sua vida, Joe faz de tudo para fugir e acaba entrando no espaço das novas almas, o Pré-Vida. Na tentativa de voltar à Terra e ao próprio corpo, ele conhece a alma 22 (Tina Fey), que faz de tudo para fugir da experiência humana. Com anseios opostos, mas que se completam, eles decidem se ajudar e vivem uma aventura que levanta para ambos uma análise profunda de existencialismo.
Em material de divulgação, o diretor Pete Docter explicou que a premissa da história partiu do filho de 23 anos. Outro ponto em semelhança com Divertida Mente, que foi inspirado na filha. “Tudo começou com o meu filho, que tem 23 anos agora, mas, no momento em que ele nasceu, ele já tinha uma personalidade. De onde isso saiu? Eu achava que a personalidade se desenvolvia através das suas interações com o mundo. Mas, ainda assim, ficou bem claro para mim que todos nascemos com um senso muito único e específico de quem somos. Na nossa história, todos nascem com uma alma. E essas almas não surgem simplesmente, de forma despreparada, elas são treinadas e recebem personalidades e interesses”, explica.
Crítica de Soul
Os filmes da Pixar ganharam, ao longo dos anos, a fama de serem desenhos animados ao mesmo tempo divertidos e profundos. É exatamente assim que se pode definir Soul. A interação entre Joe e 22 rende momentos divertidos e também abre espaço para reflexões profundas.
Propósito, a palavra da atualidade, está no longa-metragem. Os dois personagens, mesmo que tenham tido experiências distintas, estão atrás da mesma coisa: entender o real significado de cada um deles na Terra. E essa é a grande mensagem do filme.
Visualmente, Soul é impecável. Tanto nos momentos em que a narrativa se passa na Terra, quando na área das almas, que fica numa espécie de espaço sideral. O fato de ter um protagonista ligado à música ainda faz com que o filme tenha cenas musicais muito boas.
Soul é de fato uma produção que toca a alma.
Trilha sonora de Soul
No mesmo dia do lançamento de Soul no Disney+, o álbum da trilha sonora do filme chega às plataformas digitais. O material apresenta as composições e arranjos de jazz do músico Jon Batiste, como a faixa principal It’s all right, parceria do artista com Celeste. Além disso, o álbum contém a trilha instrumental original composta por Trent Reznor e Atticus Ross.