A artista está à frente de dois programas na Band: Encantadores de pet e Bruce Lee — A lenda. Confira entrevista com Jacqueline Sato
A atriz Jacqueline Sato pode ser vista em dose dupla aos sábados na Band: no programa Encantadores de pets, às 15h, e na abertura da série Bruce Lee — A lenda, às 20h40. Em ambas, ela atua como apresentadora, mas em funções distintas.
Em Encantadores de pets, Jacque acompanha os especialistas em comportamento animal César Millan (cachorros) e Jackson Galaxy (gatos) na missão de educar os bichinhos de estimação, além de promover campanhas de adoção de pets. “O programa vem para tornar ainda melhor a relação das pessoas com os animais. A cada semana aumentarei as chances de adoção de um gato ou cachorro, e trarei visibilidade a diferentes ONGS e Associações de Proteção Animal”, afirma.
A relação da artista com pets é um caso antigo. Além de ter os próprios bichinhos de estimação, ela também é responsável por uma ONG House of Cats, que já resgatou mais de mil gatos em situação de rua. “O Brasil tem cerca de 30 milhões de animais abandonados, e adotar ainda não faz parte da mentalidade de muito brasileiro, que continua preferindo comprar. Para você ter uma noção, 76% dos mais de 28 milhões de tutores de cães preferiram comprar os animais, em vez de adotar. Em tantos países a adoção já é a primeira opção quando alguém pensa em ter um animalzinho. Espero que a gente caminhe nesta direção, e acredito que falar semanalmente sobre adoção, mostrar o trabalho intenso e lindo que as ONGS e Associações de Proteção Animal fazem, bem como mostrar os animais maravilhosos que continuam aguardando por um lar, possa ajuda a gente nessa caminhada”, completa.
Em Bruce Lee — A lenda, a apresentadora é responsável por intervenções no seriado que retrata em ficção a história do lutador de artes marciais. “São cabeças que entram no início, no meio e no fim, fazendo alguns apontamentos, complementando com dados históricos e fatos emblemáticos. Então tem sido uma preparação semanal, dependendo do que irá ao ar na semana. Assistir à série, e ler sobre a época, fazem parte disso”, explica. Ela ainda diz que pretende incorporar entrevistas com pessoas que tenham tido a vida transformada por conta do contato com Lee ou com as artes marciais. “Espero que em breve possamos implementar”, completa.
Na pandemia, a artista teve trabalhos como atriz atingidos. Mas poderá ser vista ainda este ano no filme brasileiro natalino 10 horas para o Natal, de Cris D’Amato, em que vive uma mãe. Também há uma expectativa para o lançamento da série Os ausentes, da TNT, ainda sem previsão de estreia.
Entrevista // Jacqueline Sato
Como se deu essa oportunidade de integrar o time da Band?
Eu já havia apresentado programas na TV antes mesmo de iniciar minha carreira como atriz. Na verdade, ser apresentadora foi meu primeiro cargo dentro do audiovisual, quando eu ainda era criança. Depois, é que fui estudar e me formei como atriz e, paralelamente, em Rádio e TV na FAAP, o que me habilita a trabalhar em diversas áreas (roteiro, direção, produção, apresentação, locução, etc), tanto na TV, quanto no rádio. Além disso, eu já apresentei o Encantadores de cães no passado, e sou mega envolvida com a causa animal, já que tenho até uma Associação de Proteção Animal, a House of Cats. Todos esses fatores certamente contribuíram para que a emissora julgasse ser uma boa ideia.
Você é mais conhecida pelo trabalho de atriz, então como tem sido essa experiência como apresentadora?
Só posso dizer que tem sido maravilhosa até agora. E não deixei a carreira de atriz em segundo plano, a ideia é conduzir os dois lados simultaneamente neste momento. Inclusive tenho alguns projetos para serem lançados em breve, uma série e um longa-metragem. Apenas estou deixando florescer esta minha outra vertente, e feliz demais, principalmente por apresentar programas que trazem algo novo, cujo conteúdo eu me identifico e tenho prazer em falar.
Você tem outros projetos em vista, como a série Os ausentes. O que pode contar sobre esse outro projeto?
Sim, estou curiosíssima. Tudo indica que estreia ano que vem. Tomara! Na série, faço a Ayumi, que vai, junto com sua mãe (Cristina Sano), até a agência de investigação para pedir ajuda por conta do desaparecimento do seu sobrinho. Este desaparecimento é que conduz a narrativa deste episódio todo. E a Ayumi tem um envolvimento central na trama. A personagem tem muitas camadas que vão sendo reveladas ao longo do roteiro, que é bem surpreendente. Nada óbvio. É tão bom quando a gente pega trabalhos assim. E este texto unido à direção da Caroline Fioratti e do Raoni Rodrigues, só me traz a sensação de que algo bem especial está por vir. O processo todo, desde os ensaios, foi muito profundo, com muito cuidado e fome de se fazer o melhor.
Como tem sido esse momento de quarentena para você? Teve trabalhos afetados pela pandemia?
Tive sim. Os que estavam próximos de iniciar, e os futuros. Estávamos conversando a respeito de dois longas, mas agora temos que esperar tudo isso passar. Nesta quarentena, além de cuidar da casa, da avó, dos gatos, e das demandas de trabalho comecei a estudar japonês. Algo totalmente novo pra mim, e que tem sido um dos pontos altos do dia. Claro que, assim como todo mundo, sofro com os acontecimentos. O que já me ajudava, e agora tem ajudado ainda mais a manter a saúde mental é a meditação. Faço pelo menos 10 minutinhos pela manhã para escutar o corpo, respirar fundo, e deixar o corpo e mente livres para se manifestarem, e aí sim começar o dia. Fora isso, outra prática que eu já tinha, mas tem se mostrado eficiente e positiva demais durante estes tempos tão difíceis que estamos vivendo é escrever, todas as noites num caderninho, 3 razões para agradecer naquele dia. Esse auto lembrete, ajuda a trazer à tona as coisas positivas que temos em nossas vidas. Pra mim, é necessário me direcionar para as coisas que inspiram e trazem esperança, para não sucumbir perante tamanha tragédia e dor que a humanidade está sofrendo. E haja meditação e respiração profunda para lidar com aqueles que agem como se nada estivesse acontecendo
Você também deve estrear este ano no filme 10 horas para o Natal. O que pode contar sobre a sua participação?
Neste filme, faço uma participação como mãe, que foi algo que experimentei pela primeira vez. Foi uma delícia trabalhar com crianças, e ser dirigida pela Cris D’Amato. Minha personagem e o personagem do Luis Lobianco, protagonista do filme, tem uma discussão por conta de um problema envolvendo nossas filhas. Infelizmente não posso detalhar muito, se não dou spoiler. Mas posso dizer que o filme é divertidíssimo, e que acho muito legal termos uma filme natalino brasileiro. Lembro, quando pequena, de adorar assistir a esses filmes quando o Natal estava se aproximando, mas quase sempre eram filmes estrangeiros. Então ter um nosso, é muito especial.