Em entrevista, Danton Mello fala da trajetória e dos impactos da pandemia no trabalho
Dos 45 anos de idade do mineiro Danton Mello, 40 foram dedicados ao ofício de ator. “Comecei bem novinho. É louco pensar que passei 40 anos contando histórias, principalmente, porque me sinto jovem”, diz, entre risos. A atuação entrou muito cedo na vida da família Mello. Danton e o irmão, Selton, cresceram em meio ao mundo televisivo. “Tem gerações que nos viram crescer na tevê. É lindo ver a história que nós construímos. Começamos tão cedo e seguimos até hoje, cada um no seu caminho”, comenta.
O ano de 2020 seria o primeiro, em tantos, em que os irmãos estariam juntos no ar. Selton em Nos tempos do imperador, novela das 18h, e Danton no folhetim das 21h, Um lugar ao Sol. Porém, ambas tiveram as estreias adiadas por conta da pandemia do novo coronavírus. Danton, inclusive, continua caracterizado como Mateus, personagem da produção, um homem simples do interior que reencontra o amor da adolescência, Lara, vivida por Andreia Horta. “Botei megahair, deixei a barba crescer. Ia começar a gravar na semana seguinte ao início da quarentena. Agora, não sei como realmente vai ser”, revela.
Trabalhos de Danton Mello
Mesmo que a novela continue sem previsão de lançamento — Amor de mãe, por exemplo, voltará apenas em 2021, o que deve empurrar Um lugar ao Sol também para o ano que vem — Danton voltou às telas na última semana. Meio que por acaso, já que, com espaço na programação, a Globo resolveu exibir a versão seriada de Hebe, disponível no Globoplay, na tevê aberta, no ar desde a última quinta-feira, em que ele vive Cláudio Pessutti, sobrinho da apresentadora, um dos personagens com bastante espaço na trama.
Enquanto os cinemas também não voltam, Danton fica com dois projetos arquivados: os filmes Predestinado e Meu tio quase perfeito 2. “Predestinado tinha data oficial de estreia em 18 de junho. Foi um trabalho lindo e muito difícil de fazer. É uma história linda de um homem iluminado que passou fazendo o bem às pessoas”, afirma ao citar Arigó, famoso médium que é o protagonista da história. Já a segunda produção traz o lado mais cômico do ator, gênero que ele veio se destacando nos últimos anos. “Eu queria dar um tempo da comédia, mas é um filme voltado para a família, que fala de amizade, tem uma mensagem muito bonita. Eu me diverti muito fazendo”, lembra.
Sobre a quarentena, ele diz ter sido um período de muita saudade do trabalho, mas também de quase férias. “Estou com muita saudade de trabalhar, estou sempre emendando um trabalho no outro. Mas é o que temos que fazer, aguardar tudo passar, respeitar o distanciamento, se resguardar e se preparar para o retorno”, acrescenta.