Em entrevista ao Próximo Capítulo, Giullia Buscacio fala sobre Isabel em Éramos seis e relembra o início da paixão pela carreira de atriz
A estreia na tevê foi em A lei e o crime, na Record, quando interpretou a filha de Heitor Martinez. Quando tinha 15 anos fez a primeira novela Balacobaco. Mas foi em 2015 que a atriz Giullia Buscacio se firmou de vez no mundo televisivo ao interpretar Bruna em I love Paraisópolis. A partir daí, emendou uma novela na outra até chegar a Éramos seis. Mas, muito antes, já sonhava em ser atriz. “Minha paixão pela atuação começou bem pequena. Eu era criança e já falava que seria atriz. E desde então, eu tenho buscado esse caminho. Eu estudei, busquei me aperfeiçoar…”, conta, em entrevista ao Próximo Capítulo.
Em Éramos seis, Giullia entrou recentemente quando a história entrou na segunda fase. Ela dá vida a Isabel, a filha caçula de Lola (Gloria Pires) e Júlio (Antonio Calloni). A jovem é a queridinha do pai, o que a faz ser bastante família, ao mesmo tempo que é bastante bem-humorada. Essas são as duas características que a atriz diz ter em comum com a personagem. “Acho que existe uma ligação forte dela com a família. E eu também sou assim. Estou sempre com meus pais, com minha irmã. Eles são a minha referência, Ela tem bom humor também. E eu me identifico com isso. Mas tirando isso, acho que somos bem diferentes. Até mesmo pela época em que vivemos”, define.
Entrevista // Giullia Buscacio
Você estará na próxima fase de Éramos seis. O que podemos esperar da sua participação?
Éramos seis vem contanto de forma muito linda a história dessa família central ao longo dos anos. Nessa nova fase, veremos os filhos adultos, vivendo e trazendo para o convívio familiar outras questões. É nessa contexto que eu vivo agora a Isabel, que foi lindamente interpretada pela Maju Lima na primeira fase, E público pode esperar por muitas histórias emocionantes
Como surgiu a oportunidade de integrar o elenco e com você se preparou para viver Isabel?
Eu estava gravando O sétimo guardião quando recebi um convite do Carlinhos (Carlos Araújo, diretor) para fazer a Isabel em Éramos seis. Fiquei muito feliz por ele confiar em mim essa personagem tão especial. Nós trabalhamos juntos em Velho Chico e admiro muito o trabalho dele. Tive poucas semanas de férias entre um trabalho e outro e logo começamos as preparações. Nós, da família, nos reunimos, fizemos uma preparação junto. Isso foi muito importante para criar essa intimidade familiar.
A trama se passa nos anos 1930 e 1940. Como foi para você estar em uma novela que retratar um período passado?
Tem sido uma experiência nova e muito interessante. Tudo nessa novela nos leva para uma viagem ao tempo. E isso é muito bom, porque, na hora de gravar, temos todas aquelas referências externas, desde o figurino até cenário, que leva a gente para o período. Fiz Novo mundo, que era de época também, mas minha personagem era uma Índia, então minhas cenas eram concentradas na tribo.
Você chegou a assistir as outras versões da novela?
Cheguei a assistir algumas cenas, mas bem poucas. Queria ver os amigos com os quais já trabalhei e que fizeram a trama de 1994. Mas foi uma ceninha ali, outra aqui.
O que acha que tem em comum e o que tem de diferente da Isabel?
Acho que existe uma ligação forte dela com a família. E eu também sou assim. Estou sempre com meus pais, com minha irmã. Eles são a minha referência, Ela tem bom humor também. E eu me identifico com isso. Mas tirando isso, acho que somos bem diferentes. Até mesmo pela época em que vivemos. Ela é superprotegida pelo pai. Lá em casa, as filhas sempre foram tratadas iguais. O que eu acho maravilhoso. Os desejos dela são diferentes do meu. Eu gosto de ser independente, de trabalhar, de fazer as minhas coisas… Nos tempos da Isabel, uma moça que desejasse essas coisas não era bem vista, infelizmente.
Como tem sido para você estar lado a lado da Gloria Pires? Como é a troca entre vocês?
Tem sido muito especial os encontros dessa novela. Eu sempre ouvi falar que a Gloria era maravilhosa, mas ela é muito mais do que eu escutei. É uma profissional muito generosa. A gente conversa bastante. Para mim é uma honra. E eu ainda contraceno com Antonio Calloni, outro mestre. Estamos muito bem de elenco (risos). É muito bom estar no set com pessoas que trocam e que querem somar para um resultado ainda melhor.
Você tem emendado uma novela na outra. Como faz para transitar entre os personagens?
É verdade. Tenho feito praticamente um trabalho por ano. Essa é minha quinta novela na emissora e estou muito feliz. Tenho dito a oportunidade de fazer personagens bem diferentes um dos outros. E isso é o que todo ator quer. Gosto de me sentir desafiada, de criar uma persona totalmente diferente de mim e do que já fiz. Fico muito feliz de saber que eu estou conseguindo diversificar.
Como foi o seu interesse lá atrás pelo ofício de atriz?
Nossa, minha paixão pela atuação começou bem pequena. Eu era criança e já falava que seria atriz. E desde então, eu tenho buscado esse caminho. Eu estudei, busquei me aperfeiçoar… Tive o apoio da minha família, o que foi fundamental. Mas não me vejo fazendo outra coisa.
Você nasceu em Portugal, mas já está no Brasil há bastante tempo. Como é a sua relação com o Brasil e com o seu país de origem?
Sim, eu nasci na Ilha da Madeira, em Portugal. Mas eu vim muito pequena para o Brasil. Minha família é daqui. Meu pai era jogador de futebol e, por isso, eu nasci lá. Moramos em muitos lugares. Acho que é até mesmo por isso que somos tão unidos. Mas eu amo o Brasil. Até me esqueço que não sou brasileira de fato (risos). É onde eu me sinto em casa. Portugal é lindo, tenho um carinho enorme, mas eu vivi aqui a maior parte da minha vida.
Além da novela, você tem outros projetos em vista?
Por enquanto, o meu foco está totalmente na novela. Acabamos de entrar no ar com a segunda fase e temos muitas histórias pela frente ainda. E eu quero estar entregue por completo a esse projeto, que tem sido tão especial.