Lui Veronese e Lira Müller prometem levar o cerrado à nova fase do reality Mestre do sabor, a partir desta quinta-feira
Começa nesta quinta-feira (31/10) a segunda fase do reality show Mestre do sabor, na Globo. Desta vez Claude Troisgros comandará a etapa intitulada Na pressão. Brasília estará representada por dois nomes: Lui Veronese fez carreira na cidade e Lira Müller se formou em gastronomia no Iesb. Eles representarão os sabores da capital federal nos times de José Avillez e Kátia Barbosa, respectivamente. A torcida do Próximo Capítulo eles já têm!
A fase Na pressão do Mestre do sabor é dividida em duas etapas. Em Menu confiance, os três times (Léo Paixão também é mentor de uma equipe) serve para Claude entrada, prato principal e sobremesa. O chef e apresentador prova as receitas sem saber quem as preparou e dá imunidade ao melhor conjunto de pratos. Os outros dois times voltam a cozinhar individualmente na Batalha dos cucas e disputam a preferência dos três mentores. Mais uma vez às cegas, eles eliminam dois cozinheiros do Mestre do sabor.
Em entrevista ao Próximo Capítulo, Lui Veronese diz que o cerrado vai estar em evidência sempre que possível no trabalho dele. “Brasília precisa de uma identidade e acredito que usar os produtos frescos que temos naturalmente em nossa região, o cerrado, pode criar essa cultura”, afirma o chef, que pretende abrir o restaurante próprio aqui na capital federal. O rapaz conta que já cozinhou em guindaste, restaurantes três estrelas Michelin, casamentos de celebridades, mas que estar no Mestre do sabor é uma experiência “muito intensa e única.”
Formada em gastronomia na cidade, Lira conta que Brasília deixou marcas no modo dela de cozinhar e que elas não ficarão de fora do Mestre do sabor. “O cerrado é extremamente rico em biodiversidade e ainda pouco valorizado. Poder aprender mais sobre velhos conhecidos e descobrir tantos outros foi memorável. Além disso, certamente é um lugar que eu me identifico pela sua diversidade. Brasília é um verdadeiro balaio (risos)”,diverte-se a piauiense que se une à cozinha de Kátia Barbosa pela “brasilidade”.
Entrevista // Lira Müller
O que você espera participando do reality?
Espero me descobrir como cozinheira. No começo da carreira estamos sempre reproduzindo receitas, aprendendo as técnicas clássicas, trabalhando para alguém. É a primeira vez que estarei “sozinha”. Estou na expectativa para ver o que vai sair dessa cabeça durante essa jornada.
Na cozinha atual quem é o mestre do sabor, na sua opinião?
Pergunta difícil! Mas preciso falar da minha última experiência no Lasai, do Chef Rafael Costa e Silva, do Rio de Janeiro. Pesquisa, técnica, paixão, muito trabalho e camadas de sabor, você consegue sentir tudo isso ali…
Você foi para o time da Kátia. Como as cozinhas de vocês conversam?
Penso que na brasilidade, simplicidade e afetividade, que acredito serem a base da minha cozinha. Mirei na Kátia desde o início, com um prato que representa muito a minha história e o momento que estou vivendo, de raiz nordestina, assim como ela.
Você se formou em gastronomia pelo Iesb. Como foi a experiência em Brasília? Continua ligada à cidade de alguma forma?
Sem dúvida foi uma experiência muito engrandecedora, uma cidade que meu deu base em vários aspectos. Em Brasília, me tornei mãe, me encontrei profissionalmente e tive a chance de me aprimorar antes de buscar novos desafios. Passei muitos anos indo e vindo, pois era a cidade na qual meus filhos moravam até o início desse ano e, no meio disso, sempre aproveitando para fazer pesquisas nas feiras da cidade.
Brasília deixou alguma marca em sua cozinha. Qual?
Várias! Uma delas foi fortalecer um bioma que também abrange parte do meu estado natal, o Piauí. O cerrado é extremamente rico em biodiversidade e ainda pouco valorizado. Poder aprender mais sobre velhos conhecidos e descobrir tantos outros foi memorável. Além disso, certamente é um lugar que eu me identifico pela sua diversidade. Brasília é um verdadeiro balaio (risos). Durante o curso de gastronomia pude conviver com pessoas de diversas regiões, o que me levou a pesquisar e pensar mais na comida brasileira de uma forma mais abrangente.
Cozinhar em frente às câmeras é muito diferente?
A adrenalina e a pressão são tamanhas para pensar no que cozinhar que você esquece até onde está, as câmeras simplesmente somem (risos)! Tem que ter muito foco na prova, no tempo…
Espera que o programa renda parcerias com os jurados ou com algum outro participante?
Espero mais do que qualquer coisa fazer amigos, colocar novas rodinhas no pé e cozinhar por aí com todos esses profissionais maravilhosos que eu tive o privilégio de conhecer nessa aventura.