Um jovem de 16 anos descobrindo os desafios — e prazeres — de ser gay. O ponto de partida de Love, Victor foi real e simples, assim como a entrega dos conteúdos de três anos no ar. Mas era exatamente esse o objetivo: mostrar que ser gay pode ser simples, que não significa o fim do mundo.
A trama não foi tão utópica quanto Heartstopper. Pelo contrário. Baseada no filme de Love, Simon — que por sua vez tinha sido baseada no livro Simon vs. the Homo Sapiens Agenda, publicado em 2015 —, Love, Victor mostra um contexto mais real do que a paralela britânica — como a difícil aceitação de jovens LGBTQIA+ pela família , de alguns “amigos” e diversas outras camadas de obstáculos da homossexualidade.
Em contrapartida, ainda assim, Love, Victor se tornou um romance teen agradável e sucinto. Desde a paixão do protagonista (vivido por Michael Cimino) por Benji (George Sear), passando pela amizade com Félix (Anthony Turpel), ainda na primeira temporada, a produção entregou o que prometia.
Um dos grandes acertos da série foi o elenco. Passando por Lake (Bebe Wood), e até mesmo o — bem — coadjuvante Andrew (Mason Gooding), todos tiveram um espaço e foram relevantes para a história em momentos específicos. De forma geral, ganharam a simpatia dos telespectadores.
Tudo bem, alguns que tentaram interferir no romance entre Victor e Benji — como Rahim (Anthony Keyvan) — não foram muito aceitos, mas também tiveram uma boa conclusão.
A bandeira da diversidade LGBTQIA+, naturalmente, sempre foi importante para Love, Victor, e não decepcionou. Afinal, foi a grande mensagem do fim da produção: seja bravo o suficiente para ser você mesmo.
Em síntese, apostar em um contexto mais real e relativamente simples foi o grande trunfo de Love, Victor. Uma série teen, pioneira, divertida e que definitivamente deixará saudade.
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