O Próximo Capítulo assistiu a Comemoração de 20 anos de Harry Potter: de volta a Hogwarts e dá as primeiras impressões sobre o emocionante especial
Por Pedro Ibarra
O ano de 2022 tem marcado para o primeiro dia a possibilidade de um dos encontros mais emocionantes dos últimos tempos. O público vai poder rever os atores de uma das mais queridas franquias do cinema todos juntos mais uma vez. A HBO Max lança no próximo sábado (1/1) o especial Comemoração de 20 anos de Harry Potter: de volta a Hogwarts, um reencontro do elenco, produtores e diretores do filmes do bruxinho inglês.
O blog Próximo Capítulo já assistiu ao filme e garante que é muito mais do que apenas uma celebração forçada de aniversário dos filmes de Potter. O especial, que prometeu em suas prévias 1h de duração e entregou aos fãs 45 minutos a mais, é uma grande viagem de volta no tempo em que o espectador revive alguns dos momentos mais importantes do mundo mágico que conquistou o cinema entre 2001 e 2011.
A produção é dividida em quatro partes, cada uma abordando histórias de dois dos oito filmes da franquia. São contos de bastidores, lembranças de como foi o processo de adaptar a franquia de livros de sucesso criada pela escritora J.K. Rowling. Os protagonistas da saga Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint rememoram as próprias passagens, mas têm a ajuda de outros importantes nomes dessa trajetória como o eterno Hagrid, Robbie Coltrane, o rival Draco Malfoy, personagem de Tom Felton, o querido pelo público Sirius Black, vivido por Gary Oldman, e os tenebrosos vilões Bellatrix Lestrange e Lord Voldemort, interpretados respectivamente por Helena Bonham-Carter e Ralph Fiennes.
Além do elenco, foram entrevistados também os diretores e produtores que participaram de todo o processo de encontrar a melhor forma possível de mostrar o Harry Potter nos cinemas. Nomes como Chris Columbus, David Yates e Alfonso Cuarón dão o próprio ponto de vista sobre a tarefa de dar vida a essas histórias no cinema. A única pessoa que contou com uma entrevista recuperada de 2019 foi a própria J.K. Rowling, pois nos últimos anos vem manchando a própria imagem com comentários preconceituosos a comunidade transexual e por isso não foi convidada para participar efetivamente do especial.
Emoção mágica
O filme funciona como uma grande cápsula do tempo, que após 20 anos foi aberta e, por meio de relatos e vídeos de época, liberou a magia de volta para o mundo. Todos os fãs de Harry Potter sabem de algumas histórias que ali foram reveladas, mas da mesma forma querem escutar os personagens que as viveram contando. É como se o amor por esses bruxinhos estivesse apagado e o especial encontrasse a melhor forma de reacender esta chama.
Rever Harry Potter, Hermione Granger e Ron Weasley juntos mais uma vez na tela também tem um gosto especial. Os três fizeram parte do crescimento e amadurecimento de milhões de pessoas pelo mundo, são figuras familiares, como velhos amigos de infância que por circunstâncias da vida foram perdendo o contato. A franquia não é amada só por conta da magia, mas também porque essas três crianças mostraram para o mundo o que é amizade, e ensinaram muitos fãs qual o significado de crescer.
As citações a nomes que fizeram parte da saga, mas que a morte não permitiu que estivessem presentes nas gravações também é um forte ponto de emoção. Alan Rickman, o soturno Severo Snape; Richard Harris, para muitos a melhor escolha de Dumbledore; Max Von Sydow, Garrick Olivaras, o único capaz de vender as melhores varinhas; e Helen McCrory, a maquiavélica Narcisa Malfoy. Todos foram citados e lembrados com o carinho que mereciam por tantos anos dedicados a esses personagens que mudaram a vida de milhões.
“Depois de todo esse tempo?”, pergunta Dumbledore, “Sempre”, responde Snape. O diálogo do longa Harry Potter e as relíquias da morte parte 2, derradeiro filme da franquia, talvez seja a melhor forma de lembrar o público que apesar do tempo, da maturidade e de tantas outras intempéries, Harry Potter ainda toca corações pelo mundo e esses bruxinhos farão sempre parte do imaginário do público, como bons amigos que vieram, mas que nunca vão embora, pelo menos não da nossa memória.