Guilherme de Almeida – Do Correioweb A decisão do governo de cancelar a convocação de 1.545 professores concursados para a rede pública de ensino provocou uma nova manifestação na manhã desta segunda-feira (31/1) no Eixo Monumental, em Brasília (DF). Na sexta-feira (28/1), o governador Agnelo Queiroz chegou a autorizar o preenchimento de 400 vagas, no entanto falta previsão no orçamento para contratar o restante dos professores aprovados. Para o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), o impasse tem de ser resolvido logo para que os educadores já possam trabalhar no início do ano letivo, dia 10 de fevereiro. “Amanhã vamos levar o movimento para protestar em frente a Câmara Legislativa. Se o problema do governo é orçamento, vamos pressionar os deputados para que haja um remanejamento da verba. Tira de uma área e coloca em outra”, afirmou a assessoria de imprensa do sindicato. O edital do concurso previa a contratação de 400 educadores, mas calcula-se que seja necessário uma convocação maior, devido ao grande número de profissionais temporários que compõem a rede pública de ensino. Segundo estimativa do Sinpro-DF, cerca de 6 mil dos 30 mil professores das escolas públicas do DF ocupam as sala de aula em caráter provisório. Entenda o caso No dia 20 de janeiro, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF) chegou a publicar em site oficial a convocação dos aprovados em um concurso para professores realizado em setembro de 2010, mas o documento misteriosamente “sumiu” da página após poucas horas. Muitos aprovados, ao verem o edital de convocação publicado na página do órgão, pediram demissão das escolas onde trabalhavam, porque o edital já previa a apresentação dos documentos no dia 24 de janeiro. Veja o edital retirado da página da SEDF. A secretária de Educação do Distrito Federal, Regina Vinhaes, afirmou por meio de nota oficial que a o aviso de convocação dos aprovados foi retirado do ar “devido à necessidade de compatibilizar as demandas da Secretaria com as atuais possibilidades orçamentárias e financeiras do Governo do Distrito Federal”. Veja a nota.